Em seu terceiro ano no Arsenal, Gabriel Martinelli vive em 2021/22 sua temporada com mais jogos como titular. O brasileiro se firma cada vez mais na Premier League com um sonho no horizonte: disputar a Copa do Mundo no Catar, em novembro, pela seleção brasileira.



O atacante sabe que a missão não é fácil. Medalhista de ouro nos Jogos Olímpicos de Tóquio, ele enfrenta forte concorrência no ataque e parece bem atrás na disputa com nomes como os também jovens Vinicius Jr., Antony ou Rodrygo para o técnico Tite.


Nada que desanime, porém, Martinellli. Em entrevista exclusiva à ESPN, o jogador mostrou bastante consciência do que tem que fazer para chegar à seleção: se dedicar ao máximo na Inglaterra, levar o Arsenal à Champions League para, aí sim, ser lembrado.


“Estou trabalhando para isso, dando meu melhor, para, primeiro, o Arsenal se classificar para a Champions League e, consequentemente, conseguir uma vaguinha na Copa do Mundo. É o sonho de todo jogador jogar uma Champions League e Copa do Mundo. Nesta temporada, posso concorrer para uma vaga na Champions e consequentemnete conquistar uma vaga na seleção”, contou ele, ao repórter João Castelo-Branco.


Antes de chegar à sua terceira temporada nos Gunners, Martinelli teve dificuldades. Chegou ao clube de Londres com apenas 18 anos, vindo do Ituano, e contou, curiosamente, com a ajuda principalmente de um argentino para se adaptar.


“Foi um salto gigante para mim. Estava no Ituano, morava em Itu, e vim jogar no Arsenal, morando em Londres. Foi um pouco complicado, mas minha família sempre esteve comigo, sempre me ajudaram em todos os momentos, fora e dentro de campo também. No clube, sempre tive o apoio do Emi também”, contou, se referindo a Emiliano Martínez, goleiro da seleção argentina, ex-Arsenal, atualmente no Aston Villa.


“Ele ajudou bastante, sempre me ajudou. A mulher dele fala português, ele também. Ele foi muito importante para mim, ajudou minha adaptação no clube, no país... Com a minha família aqui, ficou um pouco mais fácil. Mas foi um grande salto, só que foi um pouco de boa até.”


“É um baque. Você sai de Itu, 30 graus todo dia, jogando no Ituano, e vem para Londres. Mas com todas as pessoas, o Emi, minha família, eles deixaram um pouco mais fácil para mim.”


Antes do Ituano e do Arsenal, Martinelli teve outras experiências. Na Inglaterra, por exemplo, passou por um período de treinos no Manchester United, que ele acredita o ter ajudado na adaptação já como profissional. No Brasil, até os 13 anos, ele também defendeu o Corinthians e tem uma lembrança específica que guarda e serve de inspiração até hoje.


“Acho que Ronaldo Fenômeno. O nome já diz. Quando eu estava no Corinthians, ele estava lá. Quando ele foi, foi como se o Cristiano Ronaldo voltasse para o Sporting. Me marcou bastante. Naquela época, eu usava a camisa 9, falava que eu era o Ronaldo”, revelou.


Arsenal pela vida inteira

Feliz no Arsenal, Martinelli pensa em voar mais alto na carreira, claro. Contudo, ele se declarou ao atual clube. “A gente sempre quer mais. Lógico, o Arsenal é um time gigante. Se puder, fico aqui minha vida inteira. Quero conquistar coisas, já falei, quero ficar aqui e conquistar títulos, com essa torcida maravilhosa, meus companheiros”, afirmou.


“Temos um grupo jovem, temos muito tempo pela frente, jogadores com muita qualidade, acho que vamos conquistar coisas grandes. Nosso foco (hoje) é a Champions League. Brigar por esse top 4. Um clube como o Arsenal tem que estar na Champions. É nosso foco total.”


O Arsenal está atualmente na sexta colocação da Premier League, com 45 pontos. O time, porém, tem três jogos a menos do que West Ham (5º, também com 45 pontos) e Manchester United (4º, abrindo a zona de classificação à Champions, com 47).



Os Gunners voltam a campo neste domingo, às 11h (de Brasília), em visita ao Watford, com transmissão, ao vivo, pela ESPN no Star+.

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