Roberto de Andrade, presidente do Corinthians, diz que espera pelo laudo da construtora (Foto: Reprodução SporTV)


Inaugurada em maio de 2014, a Arena Corinthians passa por uma auditoria interna para investigar o deslizamento de terra em sua área externa, de acordo com a edição desta terça-feira da "Folha de S.Paulo". Durante o sorteio dos grupos do Campeonato Paulista de 2017, o presidente Roberto de Andrade disse que ainda é cedo para falar algo sobre a situação do estádio, já que espera um laudo da Odebrecht, empresa responsável pela obra. O dirigente, porém, fez um alerta ao garantir que não abrirá o local caso exista qualquer percentual de risco (assista ao vídeo).

- Acho que é muito prematuro falar sobre isso. A construtora que é a responsável pela obra. Até pelo fato de a obra ainda não estar concluída. A gente já está acionando a construtora para que ela faça toda a verificação, nos dê um laudo e que tenha toda condição para ser usado. Caso exista qualquer percentual de risco, nós não usaremos o estádio. Isso quem vai atestar é a construtora - disse ao "Seleção SporTV".

Roberto de Andrade garantiu que só ficou sabendo da informação nesta terça-feira através das notícias divulgadas pela imprensa. Apesar de enfatizar que espera pelo laudo da construtora e que ainda não pensa em tirar os jogos do Corinthians do estádio, ele revelou preocupação.
- Na verdade eu fiquei sabendo da informação pela imprensa. Até então não tinha problema com isso. Problemas de obras são problemas corriqueiros, do dia a dia (...). Tudo preocupa. Quando a gente fala em risco de alguma coisa, a gente fica preocupado com as pessoas e com tudo. Mas a gente fica preocupado, sim (...). Mas é muito prematuro estar falando sobre isso, porque não sabemos da dimensão do problema. Estamos levantando tudo para ver. Acho que é um pouco prematuro para dizer que a Arena não será usada.
A fonte do problema seria um vazamento de água no estacionamento da Arena. Fontes ouvidas pelo jornal e que tiveram acesso aos relatórios da auditoria disseram que mais de 10 milhões de litros de água vazaram na área. O caso foi descoberto em junho deste ano. Em fevereiro, houve um deslizamento de terra ao lado do estacionamento e que chegou até a calçada da Radial.
O Corinthians fez uma investigação interna e concluiu que havia relação entre o deslizamento de fevereiro e o vazamento de água no subsolo do estacionamento. Em nota, a Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo) afirmou que informou o clube em fevereiro sobre uma alta no consumo de água.
Confira a nota oficial emitida pelo clube no início da tarde:

"Desde as primeiras horas do dia, a Arena Corinthians e o Sport Club Corinthians Paulista estão em contato com a Odebrecht, responsável pela obra do estádio, para verificar as informações veiculadas em matéria publicada nesta terça-feira (01/11) na Folha de S. Paulo.

Uma equipe de manutenção trabalha diariamente e verifica minuciosamente as condições para que os torcedores estejam em completa segurança no estádio e, até o momento, não há informação vinda da Odebrecht para qualquer risco de deslizamento. A Arena e o clube reforçam, ainda, que toda a construção do estádio está passando por uma auditoria externa, como é de conhecimento público.

A Arena Corinthians e o Sport Club Corinthians Paulista esclarecem também que foram procurados pela Folha de S. Paulo apenas para responder sobre o funcionamento do estacionamento do setor Leste e não foram questionados previamente sobre os outros pontos abordados na matéria. Se fossem, teriam esclarecido as informações ao jornal; como farão, junto com a Odebrecht, nas próximas horas."