10/6/2016 09:54

Das críticas ao gol: Bruno Henrique se renova e mira futuro no Corinthians

Volante passa por momento inédito no clube após eliminações do primeiro semestre, mas se recupera em nova função; ideia é permanecer no Timão com contrato novo

Das críticas ao gol: Bruno Henrique se renova e mira futuro no Corinthians
Bruno Henrique contra a Ponte Preta: golaço ajudou em retomada no clube (Foto: Mauro Horita)

Bruno Henrique demorou para deixar o vestiário da Arena Corinthians após a eliminação na Libertadores, em casa, para o Nacional, do Uruguai. O empate por 2 a 2 que resultou na queda foi triste, mas o que mais doeu foi a vaia. Acostumado a ter o carinho da torcida desde que chegou ao clube, em 2014, ele vivia ali um momento novo na carreira.

O volante foi um dos alvos de protestos após os insucessos do primeiro semestre, ao lado de André e Rodriguinho. Perto de renovar contrato até o fim de 2018, Bruno ainda viu as negociações travarem – ele ainda não assinou o novo vínculo. O belo gol contra a Ponte Preta, pelo Brasileirão, foi o início da virada.

– O gol em si é muito bom. Para a equipe e para mim, deu mais confiança. Aquele momento foi importante, fazer um gol para ganhar essa confiança, motivação. Tudo isso sempre melhora. Estava arriscando mesmo quando jogava de primeiro volante, mas não estava acertando. É uma característica. Vou continuar treinando e tentando. Até acertar de novo (risos) – disse Bruno.

Aos 26 anos, o jogador tem 110 jogos e quatro gols com a camisa alvinegra. Nunca foi dos mais badalados do elenco, mas sempre teve moral elevado com Tite. Substituto de Ralf no início do ano, ele encarou tarefa difícil em nova função, mas não se eximiu de responsabilidade. Agora, como segundo volante, sua posição de origem, o futebol voltou a deslanchar.

Em 20 minutos de conversa com a reportagem do GloboEsporte.com, o volante falou sobre seu momento no clube, entre outros assuntos. Como encarou as críticas, o que fez para superá-las, a expectativa de ficar no Timão por mais tempo e, claro, o clássico de domingo contra o Palmeiras. No Dia dos Namorados, sua mulher, Bhel, terá de esperar o resultado do Dérbi para saber se ganhará um jantar romântico.

– Se acontece um resultado ruim, é difícil sair de casa, tem a questão psicológica. Minha mulher entende, ela está tranquila. Esperamos vencer para dar esse presente de dia dos namorados e sair com a cabeça tranquila (risos) – brincou o volante.

Confira abaixo os principais tópicos da conversa:

FUNÇÃO DE PRIMEIRO VOLANTE

– Ano passado eu já estava adaptado a essa função, joguei várias vezes assim no Brasileiro. Depois tive uma lesão que me tirou de campo por bastante tempo, mas não foi novidade para mim. Foi uma adaptação tranquila, o Tite conversou comigo no início do ano e eu tinha coisas a melhorar. Primeiro volante tem de cobrir muito os meias e zagueiros. Fui crescendo ao longo dos jogos. Apesar das duas eliminações precoces, fizemos bons jogos. A confiança que o Tite me deu desde o início foi muito importante.


Bruno Henrique admite tristeza após eliminações: críticas foram pesadas (Foto: Diego Ribeiro)

CRÍTICAS APÓS ELIMINAÇÕES
– Você erra um passe, dois passes, a torcida está no calor do jogo e acaba levando isso em conta. Procuro não filtrar essas coisas negativas. As críticas nem sempre são ruins. Sempre tento fazer o que o Tite me pede, apesar das críticas procuro sempre trabalhar mais para melhorar e não levar isso como uma coisa ruim ou pessoal. Temos de entender o lado do torcedor e não se abalar dentro de campo. É isso que faço, tento trabalhar para melhorar a cada dia.

MUDANÇA DE POSICIONAMENTO
– A função tática mudou, mas já fizemos isso em alguns jogos antes da mudança de esquema. Flutuavam dois, três jogadores no meio. Não é uma novidade, mas para mim é algo diferente. Há muito tempo eu não jogava de segundo volante. Também tem muita responsabilidade na marcação, principalmente pelo lado direito. Mas tenho um pouco mais de liberdade. O time está se encaixando, foram quatro vitórias seguidas. Estou me sentindo muito bem por jogar na minha posição de origem. Se precisar de mim como primeiro volante, jogo também.

COBRANÇAS DE FALTA
– É uma das minhas características, mas tive algumas lesões no tornozelo quando cheguei ao Corinthians. No tornozelo esquerdo, que é o de apoio, então me limitou um pouco de treinar. Sempre treino, mas se surgir uma brecha no jogo e eu me sentir bem, vou tentar pegar a bola e cobrar uma falta.

TRISTEZA APÓS LIBERTADORES
– Depois do jogo contra o Nacional, fiquei muito triste pela eliminação. Não nervoso. Naquele jogo, você não gosta de sair vaiado... É muito ruim. Fiquei muito triste, chateado, demorei um tempo para ir embora da arena. Todo mundo estava daquele jeito. Fizemos um grande jogo, tínhamos muitas chances de passar, a expectativa era muito grande. Cheguei no vestiário, fiquei mesmo muito triste. Somos seres humanos, queríamos dar isso ao torcedor, a todo mundo. Era importante passar de fase naquele momento.

PRIMEIRAS VAIAS NO CORINTHIANS
– Aquele momento foi ruim, nunca tinha acontecido comigo no Corinthians. Ninguém gosta de sair vaiado. Temos de tentar absorver isso. O torcedor está ali para nos apoiar, mas ele fica chateado com algumas coisas e começa a criticar. Somos profissionais e temos de absorver da melhor maneira. A vaia é ruim, mas temos de entender o torcedor e dar a volta por cima. Quando nós formos bem e ganharmos títulos, o torcedor também está ali para aplaudir. Temos de absorver tudo da melhor maneira para não deixar a concentração cair. Temos o Brasileiro e vamos dar a volta por cima para receber novamente o carinho da torcida.

RENOVAÇÃO DE CONTRATO
– Estou deixando os meus empresários cuidarem disso. É uma coisa extracampo e tento não me envolver, nem fico perguntando. É uma coisa que está encaminhada, estou tranquilo. Minha função é dentro de campo. Acredito que está encaminhado, tomara que dê tudo certo.

PERMANÊNCIA OU SAÍDA?
– Quero ficar. Temos totais condições de brigar na Copa do Brasil e no Brasileiro, minha vontade e meu foco são 100% no Corinthians. Não chegou nada para mim. O pessoal falou para eu ficar tranquilo, se tivesse qualquer coisa chegaria até mim. Quero ficar.

IRMÃO NA ITÁLIA
– Não é o momento de morar com ele (risos). Ele está feliz lá, mas estou feliz aqui também.
(Nota da redação: Douglas Corsini, irmão de Bruno, joga futsal na Itália e é naturalizado. O volante, porém, nega qualquer proposta recente de clubes italianos)

CLÁSSICO CONTRA O PALMEIRAS
– É o maior clássico do Brasil e sempre um jogo diferente. Se vale briga pela liderança, é um jogo maior ainda. Eles estão bem, nossa equipe também cresceu muito. Pode acontecer de tudo. Estamos bem focados para fazer um grande jogo no domingo.

AUSÊNCIA DE TORCIDA VISITANTE
– Sempre que jogamos fora de casa, conseguimos ouvir a torcida do Corinthians cantar. Queríamos nosso torcedor ali perto, o fato de entrar em campo e ver a torcida ali é muito bom. É ruim não ter torcida, não é legal, mas temos de tentar absorver isso e fazer do jogo uma grande final. O torcedor sempre nos ajuda, seria muito bom tê-lo ao nosso lado.


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5340 visitas - Fonte: Globoesporte.com

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