9/6/2016 11:46

Felipe, Cássio, Pato: diretor do Timão abre o jogo e fala de saídas e reforços

Eduardo Ferreira veta saída do goleiro para clubes brasileiros e diz que agente do atacante procura time no exterior. Dirigente acha difícil fazer contratações de peso

Felipe, Cássio, Pato: diretor do Timão abre o jogo e fala de saídas e reforços
Eduardo Ferreira trocou as arquibancadas por uma sala no CT Joaquim Grava. É de lá que precisou aprender a deixar um pouco de lado a paixão pelo Corinthians para pensar mais friamente como dirigente. Um dos articuladores do movimento que ajudou a derrubar o ex-presidente Alberto Dualib, em 2007, ele divide com Edu Gaspar e Roberto de Andrade a responsabilidade de montar um elenco capaz de manter o Timão na briga por títulos.

A missão não é nada simples. Depois da conquista do Brasileirão no ano passado, o Corinthians perdeu nada menos seis titulares, boa parte deles para o furacão chinês que devastou a equipe. E as mudanças devem continuar na próxima janela de transferências. Felipe, Elias, Cássio, Romero, Fagner...a lista de possíveis jogadores negociados aumenta a cada dia, mas o clube promete um grupo forte para seguir na briga pela sétima taça nacional.

– Qualquer clube grande, especialmente o Corinthians pelo trabalho que vem fazendo, fica preocupado com as janelas. Pode ser Europa, Ásia, Arábia. Vamos tentar manter nosso time o mais forte possível. Hoje, a única negociação é a do Felipe – garantiu.

Nesta entrevista ao GloboEsporte.com, Ferreira falou sobre a busca do Timão por reforços, conteve a euforia da torcida em ver nomes de peso desembarcando no clube e mostrou confiança de que o atual elenco é capaz de colocar o clube na disputa pelos primeiros lugares do Brasileirão novamente.

– Sabemos que temos uma qualidade muito boa no grupo. Pode aparecer alguma coisa? Pode. Mas depende do mercado. Não estamos em condição de gastar. Temos um grupo bom, mas estamos de olho em oportunidades de mercado. Contratamos jogadores caros, mas não adianta querer formar time de estrelas.

Integrante da Gaviões da Fiel, principal torcida organizada ligada ao Corinthians, Eduardo Ferreira recentemente deu aval para a realização de um encontro entre membros do grupo e seis jogadores, no CT Joaquim Grava, após a eliminação na Libertadores. Apesar da repercussão negativa do encontro, o dirigente admitiu que, se necessário, receberá torcedores novamente.

– Não foi a primeira vez e não será a última, pelo menos nessa gestão – disse.

Confira abaixo os principais trechos da entrevista:

GloboEsporte.com: O que mais sentiu na mudança de torcedor para dirigente?

Eduardo Ferreira: Tem aquela coisa de torcida: o time perde e já falam que o grupo está rachado, não estão pagando os salários. Hoje vejo que não é nada disso. Aprendi que tendo paciência nos momentos delicados as vitórias acabam voltando, como foi no ano passado e como estamos provando neste ano novamente. Você sofre pelo jogador que chega em campo e não consegue fazer o seu melhor. Não é que ele é ruim. São fases, acontece. Gosto de ser sincero, conversar com o atleta em particular, mostrar um pouco do Corinthians. Você brinca, pede empenho, cobra. Dependendo do atleta, conversa um pouco de lado, explica sobre o jogo, o que vem acontecendo. Acho que essa é uma das melhores coisas que faço aqui.



Sentiu algum tipo de preconceito por ter vindo ter sido de torcida organizada?

Sempre. Esse é um assunto meio triste. Até hoje tem gente na imprensa e principalmente no clube que não se conforma. Já peguei de tudo aqui no Corinthians em um ano e meio. Tirando grupo rachado, já peguei de tudo. No ano passado, após as eliminações, perdemos Guerrero, Fábio Santos e Petros devendo sete meses de direitos de imagem. Conseguimos contornar toda a situação e chegar ao título. Sei que meu trabalho foi muito importante aqui dentro, com a direção, a comissão técnica.

Quando sentiu preconceito?

Quando foi anunciado que eu seria o diretor adjunto com o Serginho (Sergio Janikian, demitido no ano passado). É uma coisa muito estúpida. Dentro do clube mais ainda pela política. Muita gente não se conforma que um cara chegou aqui no futebol com 35 anos e foi campeão brasileiro. Sei que faço um trabalho bom. O presidente está contente, a comissão, a direção. Os jogadores têm um carinho por mim, faço tudo o que posso. Às vezes, somos chatos em cobrar, mas eles sempre sabem que busco o melhor.

Jogadores também tiveram restrição a você?

No final do ano, alguns brincaram, caras que foram para a China mandam whatsapp. Comentaram entre eles que tinham uma certa desconfiança quando cheguei. Mas viram com o passar do tempo que não tinha nada disso.

Seu cargo é um dos mais visados do clube. Você sente isso?

Tem o lado político. Faz parte. Temos de tomar muito cuidado porque isso atrapalha o dia a dia. Tem a política limpa e a suja. Fazer algo agora pensando em uma futura eleição é um desrespeito com o presidente e toda a diretoria. Começar inventar história, plantar, derrubar, é complicado. Estou firme e forte aqui para felicidade de milhões e a infelicidade de alguns.

Seu nome apareceu no caso do garoto Alyson como tendo dado uma procuração para o empresário Helmut Niki Apaza negociar em nome do Corinthians nos Estados Unidos. Foi um erro seu ou você imagina que isso também tenha cunho político?

Foi algo político. É um caso que veio da base. Eu fiz uma carta aqui no profissional para esse empresário. Tenho várias cartas que damos para uma negociação na China, na Turquia. Foi uma política que tentaram fazer para me complicar. No dia a dia, sempre tem alguém que tenta passar a rasteira em você. É melhor pensar no bem do clube para almejar chegar onde cheguei do que essa pilantragem pelas costas.

Você concordou com a reunião de integrantes de uma organizada com jogadores depois da eliminação na Libertadores. Faria de novo?

Procuramos ter uma boa relação com o torcedor. Recebemos aqui pessoas do Fiel Torcedor, conselheiros, sócios. Não temos motivo para criar barreiras, achar que precisa fazer uma blindagem. Como vivi do outro lado, sei que é importante essa relação. Quem está do outro lado não sabe como funciona o dia a dia. É melhor ter esse contato com os torcedores e com as organizadas. De repente, como foi uma reunião de incentivo ao grupo, um incentivo direto ao André, não vemos nada contra. Não foi a primeira vez e não será a última, pelo menos nessa gestão. O próximo presidente ou o próximo diretor pode trabalhar como achar melhor.

Mas não é uma maneira de intimidar os jogadores?

Intimidar seria se abrisse o CT para protestar, deixar os caras na porta fazendo barreira na saída, no aeroporto. Isso seria uma coisa deselegante para todos nós. É um trabalho que temos de bom relacionamento. Não vejo problema algum nisso. Não foi a primeira vez que pediram, mas não dá para receber torcedores aqui mensalmente. Existe o momento certo, de uma conversa franca, de incentivo.

Domingo tem o clássico entre Palmeiras e Corinthians com apenas com torcedores adversários no estádio. Você é favorável à torcida única?

Acho isso muito triste. Você está punindo o bom torcedor de assistir seu time. Torcedor que tem 40 anos de arquibancada acompanhando o time você deixa fora de um jogo importante. Não foi noticiado, mas, no clássico entre Corinthians e Santos, tiveram brigas nas ruas com vários feriados em hospitais. Acho que é um fato lamentável e não vai acabar com a violência. Você não está penalizando os bandidos que estão na rua. Você está penalizando os bons torcedores.

Falando sobre o time, como você avalia a situação do Cássio hoje? Foi injusta a maneira como ele saiu da equipe?

Ele é um grande profissional e uma grande pessoa. Foi uma opção da comissão. Nós, dirigentes, dificilmente nos metemos quando se refere a algo dentro de campo. Graças a Deus, o Cássio está chateado. Seria muito ruim um jogador ir para o banco e não ficar assim. Ele está trabalhando e vai dar a volta por cima. Já já ele está de volta.

Ele pode ser negociado?

Não. Chegaram a fazer sondagens, mas o Cássio não sai do Corinthians. Não vou falar de clubes, mas foram alguns clubes do Brasil.

Algum rival?

Todos os clubes grandes são rivais...



No início do ano, Cássio quase foi para o Besiktas, da Turquia. E se aparecer algo do exterior novamente?

Aí, não sei. A janela vai abrir daqui um mês, não tem nada agora. Mas, para o Brasil, não existe nenhuma negociação.

Felipe está negociado com o Porto?

Não posso dizer que está 100% acertado. O presidente recebeu a proposta, está bem encaminhado. Esperamos nos próximos dias ver se confirma a venda ou não.

A prioridade então é contratar um zagueiro?

Estamos muito contentes com nossos zagueiros. Temos Yago, Vilson, Balbuena...o Pedro Henrique jogou pela primeira vez agora e foi muito bem. Temos o Léo Santos, do sub-17, que vem participando da seleção de base. Ele é um baita zagueiro. Lógico, vamos ficar mais atentos no mercado. Mas hoje não tem nenhum nome encaminhado.
Naldo, do Sporting, é um dos nomes especulados...
Agora começam a falar. Assim que você perde um jogador, todos os empresários começam a soltar notícias e oferecer jogador de todo canto. Mas não tem nada engatilhado ainda.

Elias estava sendo cotado para ser contratado pelo Shandong Luneng, da China. Você acha que isso muda agora com a demissão do Mano Menezes?

Tinha essa especulação desde o início do ano, mas, para a gente, não chegou nada de concreto. É triste pela saída dos treinadores, mas tem o lado positivo. Quanto menos treinadores brasileiros tiver lá, diminui a chance de levar algum jogador daqui.

Roberto de Andrade e Eduardo Ferreira na celebração do hexa (Foto: Daniel Augusto Jr/Ag. Corinthians)

Pode acontecer um outro desmanche?

Qualquer clube grande, especialmente o Corinthians pelo trabalho que vem fazendo, fica preocupado com as janelas. Pode ser Europa, Ásia, Arábia. Vamos tentar manter nosso time o mais forte possível. Hoje, a única negociação é a do Felipe.
Mas o Fagner também está valorizado...
Até hoje não chegou nenhuma sondagem pelo Fagner.

O Tite já deixou claro que gostaria de ter mais um centroavante. Essa é outra meta para a próxima janela?

Aqui falamos de dois centroavantes diariamente: Luciano e André, mais nada. O Corinthians está aberto todos os dias do ano para boas oportunidades de mercado. Não estamos focados em centroavantes. Luciano vem de contusão, está evoluindo. André está dando a volta por cima. O time vai crescer cada vez mais.

O contrato do Pato acaba no fim do ano. Você ainda acha possível recuperar parte dos quase R$ 41 milhões investidos nele?

O empresário dele (Gilmar Veloz) está fazendo um trabalho na Europa, vendo se deixa o jogador no Chelsea ou se arruma outro time. Até o dia 30 de junho vamos esperar se aparece algo mais concreto.

Mas em agosto ele pode assinar um pré-contrato e sair de graça no início de 2017. Será que eles não estão vendo apenas o lado deles?

O ser humano tem esse defeito de pensar em si próprio e não ter carinho por quem o acolheu algum dia. Isso faz parte da vida e do futebol. Vamos aguardar, quem sabe aparece alguma coisa até o final do mês. Vamos ver se aparece alguma compra, alguma parceria de jogador para jogador.

O Corinthians pode contratar algum reforço de peso?

Acho difícil, infelizmente. Há dez dias, nosso elenco era uma bosta, brigaria lá em baixo, uma confusão, estavam pedindo a cabeça do diretor de futebol, que ele era inexperiente. Agora, é tudo uma maravilha, está tudo ótimo. Sabemos que temos uma qualidade muito boa no grupo. Pode aparecer alguma coisa? Pode. Mas depende do mercado. Não estamos em condição de gastar. Temos um grupo bom, mas estamos de olho em oportunidades de mercado. Contratamos jogadores caros, mas não adianta querer formar time de estrelas.

Eduardo Ferreira durante entrevista no CT Joaquim Grava (Foto: Carlos Augusto Ferrari)





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9249 visitas - Fonte: Globo Esporte

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Tem que contratar sim

São todos fdp com esse time não vai pra libertadores. vamos trazer jogadores seus incompetente

esse eduardo ferreira e um safado filha da puta...a cara dele nao nega. essa cara de pilantra...o corinthians nao precisa de gente da sua laia.

Esse é muito safado filha da Puta quando estava na torcida ia pedir jogadores agora como dirigente fala que o time está ótimo esse cara é o mais safado agora se sair fora do brasileiro tem que por esses dirigentes tudo na cadeia principalmente o presidente que se acha dono do corinthians fora do nosso Timao safados

todo time contrata ,só o timão que está esperando aporta de transferência abrir .acho que é pra vender e o dinheiro?

esse Edu e um baita de um trnbiqueiro ele que cai fora do timao so pensa em dinheiro filho da pt

nao consigo entender um clube como o corinthians com toda a receita ser amador nas contratacoes

uma bosta e está diretoria,que só vende e não contrata jogador do nível que foi vendido.volta Andrés de fazendo falta.

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