22/3/2016 12:09

Lava Jato aponta propinas em construção da Arena Corinthians

'Operação Xepa', 26ª fase da operação deflagrada nesta terça-feira, investiga pagamentos ilícitos feitos pela Odebrecht, responsável pela construção do estádio do Timão

Lava Jato aponta propinas em construção da Arena Corinthians
Arena Corinthians custou pouco mais de R$ 1 bilhão (Foto: Miguel Schincariol/Lancepress!)

A operação Lava Jato aponta que houve pagamentos de propinas da construtora Odebrecht na construção da Arena Corinthians, inaugurada em 2014. A revelação foi feita nesta terça-feira pelo procurador Carlos Fernando dos Santos Lima, um dos coordenadores da força-tarefa Lava Jato, em Curitiba.

O repasse ilegal de dinheiro na obra do estádio de Itaquera é apenas um dos diversos alvos da 26ª fase da Lava Jato, denominada de Operação Xepa, que investiga propinas pagas pela Odebrecht no Brasil.

Quem recebeu os valores, o detalhamento das quantias e a que elas se destinavam não foi revelado até o momento.

- Em relação aos estádios da Copa, temos indicativos de outras fases, inclusive de delações que estão em andamento, a produção dos procedimentos. Nesta fase, foram identificados pagamentos a uma diretoria [da Odebrecht] que cuida especificamente da Arena Corinthians - declarou Santos Lima.

- Dentre as diretorias e setores da Odebrecht que nós conseguimos localizar como autorizadores e receptadores de pagamentos temos Odebrecht Infraestrutura África, Emirados Árabes e Portugal, diretor de contrato do Canal do Setão, diretor superintendente das SuperVia, diretor de contrato da Odebrecht Infraestrutura responsável pelo aeroporto de Goiânia, diretor de contrato da Odebrecht Infraestrutura responsável pelo estádio do Corinthians [...] Nisto fica claro que se tratam de obras de diversas áreas, além de óleo e gás, que eu não mencionei. Ainda há muito a ser descoberto - afirmou o procurador.

As descobertas aconteceram principalmente a partir da apreensão de planilhas de controle dos pagamentos de propina da Odebrecht.

A Arena Corinthians custou cerca de R$ 1,1 bilhão, dos quais cerca de R$ 400 milhões foram financiados pelo BNDES e R$ 250 milhões foram custeados por empréstimos ao clube e à Odebrecht. O valor restante deve ser pago com a venda de papéis emitidos pela Prefeitura de São Paulo, como incentivos fiscais.


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