Müller se aproximou dos jogadores, mas não houve tumulto (Foto: Reprodução/SporTV)
O que você faria se tivesse no estádio, seu time se classificasse e o ídolo chegasse pertinho de você para comemorar a vaga? Nesta semana, a cena se repetiu em situações distintas, no Brasil e no mundo. O "Redação SporTV" mostrou imagens semelhantes, em cenários diferentes, para debater a diferente postura de torcedores no Brasil e na Europa. A imagem de Valdivia eufórico nos braços da torcida e a truculência da polícia, quando ele festejava a vitória sobre o Corinthians, contrasta com um Thomas Müller tranquilo, e a torcida idem, após a goleada do Bayern sobre o Porto na semifinal da Liga dos Campeões. Para André Rizek, uma realidade que dificilmente vai se igualar algum dia.
- A Arena do Palmeiras não deve em nada, em termos de conforto, para as arenas da Europa, principalmente essa de Munique, e olha a diferença: o Thomas Müller comemorando com a galera numa boa, e aqui, por razões históricas, a gente não está conseguindo fazer uma festa civilizada como essa, apesar de arquitetura das novas arenas sugerirem que a gente tenha cenas como essa do Bayer de Munique - disse o apresentador.
Apesar da imagem de Valdivia ter sido usada como exemplo no comparativo, André Rizek não vê a explosão do chileno e do torcedor como algo equivocado. Quem recebeu críticas foi a polícia militar pela postura ao partir para cima dos torcedores com cacetes.
- A arquitetura dessas novas arenas seguem a linha europeia, a linha do espetáculo, de colocar o torcedor o mais próximo possível do espetáculo. Essa imagem (da ação da polícia na Arena Palmeiras) assustou muita gente. Embora a arquitetura seja para que o contato seja cada vez mais próximo entre público e torcedores, a polícia faz um cordão de isolamento e não quer que os torcedores cheguem próximo do gramado. Apesar de estar colado no campo, (o torcedor) não pode curtir essa novidade porque é uma realidade com qual se trabalhava com fosso, grade, os estádios eram quase presídios - disse, ao citar o modelo anterior.
O jornalista Sidney Garambone, da TV Globo, também participou do debate e fez críticas à postura dos policiais ao interceder quando o jogador palmeirense quis festejar a vitória junto do torcedor.
- O que me deixa triste, profundamente decepcionado, é que infelizmente é uma tradição da polícia de tratar o cidadão como animal, um inimigo. Falharam os policias, a culpa é deles e também de quem treina, que tipo de treinamento é esse? - questionou.
O Palmeiras volta a jogar na Arena neste domingo, às 16h, quando encara o Santos na primeira partida da decisão do Campeonato Paulista. O SporTV transmite ao vivo, com narração de Jota Jr e comentários de Maurício Noriega e Belletti.