Lanterna do E da Copa Libertadores da América, o Corinthians irá hoje em busca da sua segunda vitória na competição contra um adversário "meia boca".
O trocadilho (péssimo, por sinal) reflete bem a situação do Boca Juniors na principal competição interclubes do clube. A tradicional equipe argentina está tendo de encarar a fase de grupo sem, literalmente, meio time.
O segundo maior vencedor da história do torneio (seis títulos, um a menos que o Racing) está tendo que encarar a etapa classificatória sem seis dos seus jogadores ainda em decorrência da confusão armada com seguranças do Mineirão e integrantes da comissão técnica do Atlético-MG na temporada passada.
O capitão Carlos Izquierdoz, o zagueiro Marcos Rojo, o meia Diego González e o meia-atacante Sebastián Villa ainda cumprem suspensão pelo incidente, mas foram inscritos na competição. Já o goleiro Javier García acabou de cumprir sua pena na rodada passada e está à disposição para enfrentar o Corinthians.
O meia-atacante Cristian Pavón, por sua vez, outro punido pela Conmebol, nem foi relacionado pela Boca para a Libertadores, já que assinou um pré-contrato com o Atlético-MG e se transferirá para o Brasil no meio do ano.
Além da grande quantidade de jogadores suspensos, o Boca tem enfrentado uma enxurrada de problemas físicos que limitam ainda mais as opções do seu elenco. Para o jogo contra o Corinthians, o atacante Darío Benedetto é dúvida (deve começar no banco) e o goleiro Agustín Rossi, o zagueiro Gastón Ávila e o ponta Norbero Briasco estão fora.
Para piorar, o clima na Bombonera não anda nada bom. A vitória por 2 a 1 sobre o Central Córdoba, no último fim de semana, deu mais alguns dias de emprego para o técnico Sebastián Battaglia. No entanto, rachado com o manda-chuve do clube, o ex-meia Juan Román Riquelme, ele não deve durar muito mais tempo no cargo.
Na Libertadores, o Boca ainda não teve uma exibição que passasse confiança para o seu torcedor.
A estreia foi com derrota (2 a 0 para o Deportivo Cali, na Colômbia). Depois, veio uma vitória de pouco parâmetro pelo mesmo placar sobre o Always Ready, da Bolívia, o adversário mais fraco da chave.
Com duas das seis rodadas da fase de grupos já encerradas, cinco dos oito representantes brasileiros na Libertadores-2022 estão dentro na zona de classificação para os mata-mata decisivos.
Palmeiras e Flamengo lideram suas chaves. Athletico-PR, Atlético-MG e Red Bull Bragantino estão na segunda posição e também avançariam. Já América-MG, Corinthians e Fortaleza largaram mal e ocupam a lanterna dos seus grupos.
Apesar de o futebol brasileiro ter vencido as últimas três edições da competição (Flamengo, em 2019 e Palmeiras, em 2020 e 2021) o país pentacampeão mundial continua atrás da Argentina no ranking de conquistas continentais: 25 a 21.
Como já vem acontecendo desde 2019, a final do torneio interclubes mais importante da América do Sul será novamente disputada em jogo único. Desta vez, a decisão está programada para o dia 29 de outubro, no estádio Monumental de Guayaquil, no Equador.
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