Derrotado pelo Atlético-GO na estreia no Campeonato Brasileiro, neste domingo, o Corinthians deu pequenas mostras do que esperar do trabalho de Sylvinho nesta temporada.
Em seu primeiro jogo no comando do Timão, o treinador esbarrou em algo que vem prejudicando a equipe há vários trabalhos, de vários treinadores: erros individuais na tomada de decisão.
Com um Corinthians pouco inspirado individualmente, o Atlético-GO saiu vitorioso da série de três confrontos entre as equipes em um intervalo curto: nesta quarta, o rival será o mesmo, na mesma Neo Química Arena, pelo jogo de ida da terceira fase da Copa do Brasil.
À moda Europa
Em sua estreia como treinador de futebol no Brasil, Sylvinho "importou" ideias e conceitos da França, a começar pelo elegante terno azul escuro, com sapatos pretos e camisa branca.
Escalou o Corinthians em uma espécie de 4-3-3, com Roni e Camacho como volantes, Luan como meia de criação, Ramiro e Mateus Vital abertos pelas pontas e Gustavo Mosquito como homem mais avançado no ataque, flutuando pelo meio.
Assim, logo na estreia, começou abrindo mão de jogar com um centroavante fixo. Na defesa, desfez a dupla João Victor e Raul Gustavo e apostou em Gil na vaga de João.
A formação foi usada em sete dos 11 jogos que Sylvinho fez como técnico do Lyon. Se na França começou bem, no Brasil deu errado. O Corinthians tropeçou nos próprios erros e, mesmo quando chegou cara a cara com o goleiro Fernando Miguel, não deu conta de balançar as redes.
Dos conceitos do técnico, o mais visível na estreia foi o "perde, pressiona".
O que se viu em campo foi um Corinthians mais intenso, povoando o campo de ataque com cinco ou seis homens mesmo sem a bola e apresentando sucessivas tentativas de recuperar rapidamente a posse após perdê-la, na tentativa de encurralar o adversário.
Posse de bola, marcação alta e triangulações foram ideias implementadas na estreia e que devem seguir ao longo do trabalho.
O "pressing" de Sylvinho durante algum tempo funcionou e fez o Corinthians incomodar. Trouxe à tona também a ideia de valorizar a posse da bola e sair construindo de pé em pé até o campo de ataque. O problema foram os constantes e numerosos erros individuais.
Pouca inspiração
Embora tenha incentivado seus jogadores a partida inteira, os defendido durante entrevista coletiva e afagado cada um dos que deixaram o campo durante o jogo, a falta de inspiração individual da equipe foi crucial para o resultado.
A materialização do péssimo jogo individual foi Mateus Vital. Artilheiro e garçom do Corinthians na temporada, não só perdeu pênalti, como também desperdiçou o rebote frente a frente com o goleiro Fernando Miguel.
Outros fatos também ilustram o jogo individualmente ruim do Corinthians. Foram 30 perdas de posse e apenas 9% de eficácia em cruzamentos. A posse de bola de 50% subiu para 70% em uma segunda etapa um pouco melhor da equipe.
Na beira do campo, Sylvinho tentou compensar a falta de inspiração com modificações táticas. Luan foi meia, mas também foi falso 9. Mosquito flutuou centralizado no ataque, mas também atuou pela ponta direita e até pelo lado esquerdo.
Laterais "freados"
Em parte por circunstâncias do jogo, em parte por convicções do técnico, a linha de quatro defensores do Corinthians se portou de maneira bem conservadora. Observados os mapas de calor de Lucas Piton e Fagner, dois laterais com conhecido poderio ofensivo, nenhum chegou à linha de fundo.
Ambos passaram a maior parte do tempo alternando entre a defesa e a região da linha de meio-campo, participando mais com passes do que com movimentação ofensiva e ultrapassagem.
– O Atlético estava com o Natanael na segunda linha, tinha uma preocupação maior para o Fagner fechar. A linha com o Ramiro funcionou bem, ele jogou bem. Faltou link, sim, com o Fagner, mas não foi um pedido, ele estava sendo acompanhado. É um atleta vigoroso, que tem uma parte ofensiva muito boa e que vai ser usado ao longo do campeonato – prometeu Sylvinho.
Os números do Corinthians no jogo*
60% de posse de bola
416 passes certos
47 passes errados
16 desarmes certos
3 cruzamentos certos
30 cruzamentos errados
9 lançamentos certos
24 lançamentos errados
7 interceptações
*Números do Footstats.
Embora frustrante, a derrota anda é apenas o passo inicial da trajetória do treinador no Corinthians. Sylvinho terá tempo e mais jogos para definir quem serão seus titulares e, claro, aprimorar suas ideias e conceitos de jogo na prática.
Corinthians, Timão,Sylvinho
Pelo amor de Deus, esse Camacho é jogador de 4a. Divisão do Paulista
Bom dia nação e um pau bem duro no meio do olho do cú do edynaldo leite, nossa eterna musa.
A mesma coisa de manci ensino em gil Ramiro Camacho jo mais um a morre abracodos com esse caras