“Tudo aquilo que não terá competição, vamos rever e possivelmente demitir”. É desta maneira que um importante dirigente do Corinthians descreveu o atual momento do clube, devido a uma série de problemas financeiro que foram aumentados com a pandemia do coronavírus.
Nos próximos dias, por exemplo, o Corinthians acabará com seu time profissional de basquete e também com o sub-23 no futebol. O facão também atingirá cerca de 30 funcionários da Arena Corinthians. “Perdemos cerca de 96% da receita do estádio por causa da falta de jogos e não há como manter esse pessoal”, explica o dirigente.
Funcionários que cuidam, por exemplo, de ingressos e da entrada e saída de torcedores perderam a utilidade, na visão corintiana, em meio à nova realidade de jogos com portões fechados. “Não deveremos ter público até janeiro do ano que vem, então, fica inviável segurar os funcionários. Se, quando voltar a torcida, eles ainda estiverem desempregados, a gente tenta recontratá-los”, acrescenta.
Membros de comissões técnicas dos times sub-11, sub-13 e sub-15, além do futebol feminino, também serão dispensados, como revelou o Globo Esporte na quarta-feira. Somente os funcionários do sub-20 e do sub-17 serão mantidos, porque existe a convicção no Parque São Jorge de que os campeonatos de ambos serão disputados.
Vale destacar que os cortes vão se resumir a pessoas das comissões técnicas. Com exceção do sub-23 e do basquete, os atletas das outras categorias citadas estão garantidos. O Timão ainda vai analisar reduções nos salários dos jogadores do futsal.
É importante frisar que o Corinthians registrou um déficit de R$ 177 milhões em 2019. Por causa dos problemas com o fluxo de caixa, o presidente Andrés Sanchez está antecipando com um banco no exterior 100% dos recebíveis com a venda de Pedrinho para o Benfica - o pagamento original ocorreria em quatro anos.
Corinthians, Pandemia, Basquete, Sub-23, Futebol feminino, Timão