Foto: Daniel Augusto Jr/Ag.Corinthians
O último clássico entre Corinthians e São Paulo no ano, neste sábado, às 17h (de Brasília), pela 33ª rodada do Campeonato Brasileiro, pode ter um peso diferente para o futuro dos técnicos Jair Ventura e Diego Aguirre. A chance de demissão é praticamente zero, mas a pressão sobre eles só aumentará em caso de um resultado negativo.
Com números ruins à frente do Corinthians após 13 jogos (33,3% de aproveitamento), Jair precisa reagir com urgência.
A equipe está em 12º no Brasileirão com 39 pontos, a cinco da zona do rebaixamento. Ele é criticado por torcedores, que não veem no técnico a capacidade suficiente para fazer o time evoluir. O vínculo atual vai até o fim de 2019.
A diretoria concorda que o elenco tem carências, pondera que ainda se trata de um início de trabalho, mas também não garante a continuidade. A análise é que é preciso melhorar ainda neste ano.
– Os números são baixos, ele sabe que está mal. Lógico que é ruim – disse o presidente Andrés Sanchez em entrevista coletiva na quinta-feira.
– Garantido nem eu estou, tem um monte de técnico sofrendo impeachment. Mas não é justo falar do Jair agora. Nosso time não está bem, tem seis jogos para recuperar. Não vamos ser campeões, mas vamos trabalhar para sair dessa situação – projetou.
Mesmo sem a segurança de ficar para o ano que vem, Jair Ventura tem participado de todo o planejamento, listando necessidades e aprovando reforços. Assim como Diego Aguirre.
Quando o São Paulo disparou rumo à liderança do Campeonato Brasileiro, logo depois da pausa da competição para a Copa do Mundo, a diretoria chegou a se reunir Aguirre para tratar da renovação de contrato. O vínculo do treinador com o Tricolor vai até dezembro.
As partes se mostraram otimistas em relação à continuidade na ocasião. Mais do que isso: o fato de Óscar Tabárez renovar contrato na seleção uruguaia, que estava de olho em Aguirre, fez a diretoria tricolor comemorar. Mas aí veio a brusca queda de produção no segundo turno.
Embora o trabalho de Aguirre ainda seja fruto de elogios pelo conjunto da obra, o rendimento abaixo do esperado na reta final do Brasileirão levantou dúvidas sobre a continuidade. Tanto que a diretoria deixará o assunto suspenso até o fim do Brasileirão, onde o time é quarto, com 57 pontos.
Recentemente, o diretor-executivo de futebol do São Paulo, Raí, desconversou quando perguntado sobre a renovação de contrato do técnico uruguaio, durante evento na Federação Paulista.
– Nosso planejamento continua o mesmo. Temos segurança e certeza que vamos fazer um bom fim de temporada. Conversamos alguns meses atrás (sobre a renovação), fomos levando e sabemos que agora o objetivo principal é conseguir num grande final de temporada – disse Raí.
De 2017 para 2018, Dorival Júnior permaneceu no comando da equipe depois de livrar o time do rebaixamento. Três meses depois, no entanto, ele foi demitido. Mais tarde, a permanência de Dorival foi considerada um erro pela direção. E o clube não quer repetir essa experiência.