Cássio foi um dos heróis do jogo (Foto: Marcos Ribolli)
Era preciso que o técnico Fábio Carille armasse um time mais ofensivo para que o Corinthians conseguisse o resultado buscado após a derrota por 1 a 0 para o São Paulo, no Morumbi.
Era fundamental que Rodriguinho jogasse para que o Corinthians subisse de patamar técnico.
Era necessário que Clayson estivesse bem para ser o ponto de desequilíbrio do time. E era benéfico que Fagner, mesmo cansado pela viagem de volta da Alemanha, fosse titular até onde conseguisse – deu lugar a mantuan aos 31 da etapa final.
O Corinthians que venceu o São Paulo por 1 a 0 em Itaquera e que levou a classificação para a final nos pênaltis foi muito diferente do Corinthians que perdeu por 1 a 0 no Morumbi: um time mais técnico, com troca de passes, posse de bola, incisivo e com mais jogadores que fazem a diferença.
Só que para ganhar em Itaquera, foi aceitável perder no Morumbi. Cheio de desfalques no primeiro jogo (Balbuena, Romero, Fagner, Jadson, Clayson e Rodriguinho), a derrota só por 1 a 0 foi ótima para o Corinthians. Carille escalou e manteve em campo um time capaz de segurar um resultado reversível. Pois seria um jogo de 180 minutos - por isso, escalou três volantes.
O pensamento era que, com alguns retornos, o Corinthians conseguiria resolver em casa. Só que a tarefa que parecia mais fácil foi complicadíssima diante da boa atuação defensiva do São Paulo.
No primeiro tempo, além de marcar com eficiência, o São Paulo ainda teve as duas melhores chances, que exigiram defesas de Cássio.
Com a bola nos pés (69% de posse), o Timão tentou entrar de todas as formas na área são-paulina. E sofria com o "tic tac" do relógio. Na etapa final, o domínio aumentou, o Tricolor se fechou ainda mais, mas o gol saiu. Nos acréscimos. Numa jogada de escanteio.
Os números do jogo mostram a diferença entre os times:
Foram 23 finalizações do Corinthians, contra 13 do rival;
Foram 27 bolas levantadas na área, contra seis do rival;
Foram 399 passes certos, contra 114 do rival;
Foram 21 desarmes feitos, e 52 aplicados pelo rival;
Foram nove finalizações de fora, contra duas do rival.
ESQUEMA TÁTICO
Com o que tinha nas mãos, Carille armou um bom 4-2-3-1. Só que Sheik, escalado como referência, não é nove e nem faz questão de ser.
Jogador de movimentação intensa, buscava a bola na defesa para distribuir. Por isso, muitas vezes o time sentiu a falta de um jogador à frente dele para finalizar. Faltava o último toque.
Carille mexeu com Pedrinho, que mais uma vez entrou bem, na vaga de Gabriel. O time flertou com um 4-1-4-1, mas na prática teve Mateus Vital como um segundo volante, sempre iniciando as jogadas.
No fim, o técnico apostou em Danilo como referência esperando um gol de jogada aérea. Conseguiu, mas com Rodriguinho, que subiu sozinho para aproveitar a assistência de Clayson.
E NA FINAL?
Para o jogo de sábado, o primeiro da final contra o Palmeiras, Carille deve ter um time ainda mais qualificado em mãos. Balbuena volta na vaga de Pedro Henrique e Romero, que perdeu a vaga de titular nas quartas de final, será opção mais conservadora para a equipe pelo lado do campo.
Com um time completo – Jadson ainda tem chance de voltar –, Carille levará a campo um time mais forte em 180 minutos.
O que qualifica o potencial para o Dérbi e traz maior obrigação ao Corinthians para um bom resultado dentro de casa. A decisão será em território palmeirense, dia 8 de abril.
Balbuena e Romero voltam ao time Corinthians para a final (Foto: Daniel Augusto Jr. / Agência Corinthians)
babuena tem que voltar para reforçar otimao
Deixa o Romero fora pelo amor de Deus...