Gustavo chegou ao Corinthians em agosto do ano passado cercado de expectativa. Artilheiro do Criciúma na Série B, trouxe consigo o apelido de Gustagol. Mas com nove jogos e nenhum gol não conseguiu comprovar a fama e acabou emprestado ao Bahia neste ano. Para o ESPN.com.br, o jogador de 22 anos afirmou que está animado na nova equipe e acredita que deixou uma história incompleta no Parque São Jorge.

"Ficou um gosto de quero mais. Todos sabiam da minha vontade em ter sequência no Corinthians, mas infelizmente isso não foi possível", disse o jogador.

"Creio que Deus sempre tem um propósito, e ele não me colocou no Bahia à toa. Então alguma coisa ele está agindo em minha vida aqui no novo clube. O importante é que estou muito focado e determinado para ajudar o Bahia", completou sobre a mudança.

Gustavo chegou a tatuar uma imagem sua com a camisa 9 do Corinthians, com a palavra "superação" no calção, logo no início de clube. Tinha apenas quatro jogos e já havia uma pressão pelo primeiro gol. Mesmo assim ele não crê que isso o atrapalhou.

"Pressão sabemos que existe em todos os lugares, mas a diretoria, a comissão técnica e os próprios jogadores do Corinthians sempre me acolheram muito bem. Quanto a tatuagem não influenciou em relação a pressão", afirmou.

Quando deixou o Criciúma, Gustavo tinha 11 gols em 18 jogos e era um dos artilheiros da Série B juntamente com Nenê do Vasco. Foi justamente esse histórico que fez com que a diretoria do Corinthians decidisse contratá-lo. O clube precisava de um camisa 9.

Além disso, o histórico de Gustavo era de um jogador promissor. Descoberto nos campos de várzea do futebol paulistano, ele teve uma passagem de sucesso pelo Taboão da Serra, onde chegou a ser artilheiro da Copa São Paulo de futebol júnior de 2014.

Naquele mesmo ano foi comprado pelo Criciúma para a disputa do Catarinense. O início foi difícil e, sem corresponder, foi emprestado primeiro ao Resende e depois ao Nacional da Ilha da Madeira, de Portugal, para adquirir mais bagagem.

Foi ao retornar ao Criciúma que os gols voltaram a surgiu o apelido Gustagol.

A vinda para o Corinthians foi uma surpresa mais do que positiva para Gustavo. Identificado com o clube, ele admitiu ser torcedor corintiano e imaginava construir uma história de amor, brilhando pelo clube de coração.

"Não sei dizer o que ocorreu de fato, pois sempre que atuei pelo Corinthians entrava em campo bastante determinado em ajudar, mas infelizmente a bola não entrava. Agora é vida nova quero contribuir dentro de campo para ajudar o Bahia e deixar nas mãos de Deus que ele sabe o melhor para minha carreira", disse o jogador.

No Bahia ele terá de brigar para jogar. Hoje a vaga é de Hernane, uma vez que o técnico Guto Ferreira costuma escalar o time tricolor com um centroavante. Ainda assim Gustavo está motivado com a mudança e espera demonstrar o seu valor.

"A expectativa é a maior possível, pois o Bahia é um time de tradição. Estou muito feliz, sei que vou aprender muito vestindo a camisa do Bahia. Espero que coisas boas possam ocorrer aqui. Como disse em todas as equipes em que defendi sempre há um aprendizado, desde à época em que fui revelado pelo Taboão da Serra."

E para construir uma história diferente no Bahia até já imagina o que fazer.

"Tenho que continuar sendo este garoto simples que só pensa no bem das pessoas e do clube que hoje defendo, espero dar o melhor de mim dentro de campo e ajudar o Bahia a conquistar os objetivos traçados nesta temporada. Espero fazer gols como fiz em todas as equipes em que defendi no passado, levar alegria para apaixonada torcida baiana. Irei lutar pelo meu espaço na equipe, porém sempre respeitando meus companheiros, e como disse o meu sucesso será o sucesso do Bahia", finalizou.