13/9/2016 10:56

Amigos e rivais, técnicos finalistas do Brasileiro Sub-20 duelam desde 2003

Eduardo Barroca e Osmar Loss se conheceram em uma competição sub-17 e desde então trocam informações sobre futebol. Decisão começa nesta terça-feira, às 17h

Amigos e rivais, técnicos finalistas do Brasileiro Sub-20 duelam desde 2003
Eduardo Barroca (esq.) e Osmar Loss (dir.) voltam a se enfrentar em decisão inédita (Foto: EDITORIA DE ARTE)

A final do Campeonato Brasileiro Sub-20 entre Corinthians e Botafogo, que terá seu primeiro jogo nesta terça-feira, a partir das 17h na Arena Botafogo, é também um confronto entre velhos conhecidos no banco. No time carioca está Eduardo Barroca, que assumiu o cargo em março. Do outro lado, há Osmar Loss, no Corinthians desde 2013 e um dos técnicos mais vencedores da base brasileira nos últimos tempos. Ambos são amigos e trocam informações há muito tempo. Mas desta vez colocam a amizade de lado, de novo, para um novo e importante duelo. O jogo terá transmissão ao vivo do Sportv, e o GloboEsporte.com acompanha em Tempo Real.

– Barroca é um excelente profissional e um grande amigo. Nos conhecemos em uma Copa Macaé Juvenil em 2003 e desde então trocamos muitas informações. Ele foi observador, técnico do Audax, é muito competente, os resultados mostram. Ganharam o Carioca, o que o Botafogo não ganhava há um bom tempo, essa chegada na final agora. Nos enfrentamos em Bahia x Inter em Pituaçu. Ele criou alguns eventos sobre futebol que participei. Estou muito satisfeito de poder disputar esse título com ele, que é excepcional, a equipe dele mostra isso – disse Osmar Loss.

Gaúcho e com quase 18 anos de trabalho no Internacional, Loss chega à sua quinta decisão de um torneio nacional de base nos últimos três anos. Nas outras quatro, duas vitórias e duas derrotas. Venceu a Copa São Paulo de 2015, contra o Botafogo-SP, e a Copa RS Sub-20, diante do Atlético-PR. Perdeu as finais das Copinhas de 2014 e 2016, para Santos e Flamengo, respectivamente.

Barroca é um estreante em finais nacionais no sub-20 e tem um histórico extenso como auxiliar-técnico dos profissionais. Exerceu a função em Bahia, Fluminense e Vasco, até assumir o Botafogo. Em 2016, foi campeão carioca sub-20 vencendo os dois turnos. Nas finais, o Botafogo levou a melhor sobre Fluminense e Flamengo, respectivamente. Ele reitera a amizade com Loss.

– Eu o admiro muito porque ele passou por todas as categorias, teve uma experiência no profissional e me identifico com isso porque tenho uma história nessa linha. Esse é o processo da formação do treinador. Os jogos contra o Loss são muito difíceis, basta ver que as equipes dele sempre chegam em decisões. Isso é sinal de um bom trabalho. Além disso, conheço as pessoas que estão na comissão dele. O Coelho, que é auxiliar do sub-20, foi meu jogador do Bahia, e tem ótima comunicação com os atletas. O André Galbi, preparador físico, estava nos profissionais da Portuguesa, e também é muito competente.

Nos três confrontos entre as equipes que já ocorreram no Brasileiro Sub-20, o Botafogo leva a vantagem: venceu dois jogos e perdeu um.

PROFISSIONALIZAÇÃO DA BASE

Com a rodagem que possuem, Barroca e Loss poderiam estar nos profissionais de alguma equipe. Mas eles mesmo preferem se manter na base, pelo menos por enquanto. A estabilidade no cargo e as condições de trabalho cada vez melhores que os clubes oferecem ao trabalho de formação de jogadores são alguns dos atrativos que justificam essa decisão.

– Hoje a base se tornou um trabalho muito profissional. Temos analista de desempenho, fisiologista, todo aparato para fazer o crescimento individual do atleta. O grande paradigma é trabalhar como equipe, mas formar jogador. Nunca vamos promover um time inteiro, temos que trabalhar bem para formar dois ou três por temporada. Esse apoio em nível de ciência hoje é muito grande. Tenho 41 anos, sendo 21 de futebol, e passei 12 tendo de dividir meu tempo com outras áreas, como trabalhos de personal, tive uma academia, trabalhei em escolinha de futsal... Hoje me dedico 100% do meu tempo ao meu time. O profissionalismo que atingiu o futebol profissional no Brasil também é presente na base. Não existe mais espaço para aventureiro, que chega no treino e faz qualquer coisa. Todas as atividades são programadas, com evolução individual planejada, por isso temos resultados – explicou Loss.

Barroca, que já recebeu e recusou propostas para trabalhar como auxiliar de equipes profissionais recentemente, tem, além da estabilidade, o fato de ser carioca e poder morar na cidade em que nasceu. Um privilégio raro para quem trabalha com futebol. O técnico até criou um evento chamado "Footlink" para discutir com profissionais da área o futuro do futebol no Brasil e passa para a garotada da base tudo que é debatido por lá.

– Hoje é muito melhor. Muitos jogos são televisionados, o que nos dá visibilidade, isso era impensável há alguns anos. As condições de trabalho melhoraram muito e o futebol brasileiro ganha com isso.


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2889 visitas - Fonte: GE

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osmar loss tinha q ser efetivado como treinador da equipe principal porque só assim ira utilizar a mulekada da base. e com uma mentalidade diferente.

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