10/5/2014 07:49

Agora corintiano, Cássio espera evitar gol até despedida de Rogério Ceni

Agora corintiano, Cássio espera evitar gol até despedida de Rogério Ceni

Cássio não era torcedor do Corinthians enquanto crescia no Rio Grande do Sul, sonhando ser um jogador de futebol. Isso mudou em algum momento de 2012, entre a histórica defesa no chute de Diego Souza na campanha que rendeu ao clube o título da Copa Libertadores e o choque com a presença da maciça da Fiel no Japão, meses mais tarde.

“Não tem como não ser corintiano”, resume o goleiro de 27 anos, dois e meio deles em preto e branco. Parece mais, mas é pouco para o gaúcho de Veranópolis. Ter a mão beijada por gratos torcedores ao circular por São Paulo não lhe é suficiente, e ele espera ampliar essa idolatria com novos títulos, prêmios individuais e números históricos na agremiação do Parque São Jorge.

Nem os 601 jogos do maior arqueiro da história alvinegra, com quem já compete no tamanho do queixo e no gosto pelo rock, estão além do horizonte de Cássio. Para ficar por muito tempo e se colocar ao lado de gente como Ronaldo, o camisa 12, preocupado com o tratamento recebido por alguns dos campeões mundiais, só pede lealdade semelhante do clube.

No domingo, em Barueri, contra o São Paulo, o gaúcho dará mais um passo nessa trajetória, completando sua 106ª partida no Corinthians. Se tudo correr como espera, ele não será batido por Rogério Ceni – que marcou, em um Majestoso na mesma Arena Barueri, em 2011, uma época em que Cássio ainda não era corintiano, o centésimo gol em suas contas.

O ídolo alvinegro tem contra Ceni uma de suas defesas favoritas, aquela na qual pegou pênalti e manteve o placar zerado no finalzinho de um dos clássicos do último Campeonato Brasileiro. O que significou impedir esse gol, a vontade de permanecer ileso até o fim da carreira do rival, em dezembro, e o futuro foram alguns dos assuntos sobre os quais falou Cássio nesta entrevista à Gazeta Esportiva.

GE: O clássico em que você pegou o pênalti do Rogério é um dos jogos marcantes da sua carreira?
Cássio:
Com certeza, até pelo histórico. Antigamente, era o Palmeiras que o pessoal sempre apontava como o grande rival, mas, hoje, até pelo tanto de jogos que a gente teve contra o São Paulo recentemente – teve semifinal de Paulista, Recopa... –, acabou se tornando uma rivalidade maior. É um jogo que vai, sim, ficar marcado.

Você nunca tomou gol do Rogério.
Não. E espero que continue assim (risos)

Ainda que o Rogério seja ótimo na bola parada, existe certo orgulho no goleiro em não levar gol de outro goleiro?

Olha, cara, eu, particularmente, não tenho isso, até porque eu o respeito como profissional. Não conheço o Rogério pessoalmente, mas ele construiu uma grande carreira, é um grande profissional.
Mas espero que não aconteça nesse jogo nem nos próximos antes de ele encerrar a carreira dele. De qualquer maneira, não dá para ficar pensando só nisso, porque o São Paulo é um time perigoso.

Momentos como aquela defesa e as que você fez especialmente na Libertadores e no Mundial de 2012 fizeram de você um ídolo do Corinthians. Você imaginava, quando chegou ao clube, que isso pudesse acontecer?

É difícil falar que imaginava. Não imaginava. Foi tudo muito rápido, logo no começo. Mas não adiantava fazer aquela defesa do Diego Souza e ganhar alguns títulos, que ajudaram bastante, se eu não conseguisse manter um bom nível. No ano passado, mesmo tendo conseguido dois títulos, eu sofri com lesões, isso atrapalhou meus planos. Neste ano, consegui voltar bem. Espero manter uma regularidade boa para fazer um grande ano e ganhar o maior número possível de títulos no Corinthians.

Tudo o que viveu desde que chegou tornou você um pouco corintiano?

Não tem como não ser corintiano. Pelo que acontece sempre, pela torcida, que vai apoiar mesmo quando a gente está fora de casa... Foram tantas coisas que já fizeram. Tenho um carinho muito grande e posso dizer que sou corintiano.

Algum desses episódios marcou mais?

O que marcou mais? Acho que a ida para o Japão. Lá, eu também fiquei um pouco assustado quando entrei no campo para fazer o aquecimento no primeiro jogo. Eu não sabia que tinha tanto corintiano assim. A gente até sabia que tinha um pessoal lá, mas estava muito focado. Foi uma surpresa muito boa, muito agradável. Também foi marcante a final da Libertadores, foi marcante sair daqui e ver o aeroporto daquele jeito, com muita gente mesmo. Muitas coisas acabaram marcando positivamente.

Essa identificação torna difícil jogar em um rival?

Quero ficar muitos anos aqui, mas tenho que ser valorizado.
Falou-se muito em mudança, aconteceram mudanças, mas tem que valorizar quem está aqui e ajudar quem quer ajudar o clube. Espero ficar, sim. Gosto daqui e me sinto bem. Eu me sinto em casa.

Você chegou a pesquisar a história do Corinthians, já que se tornou parte importante dela?

Sim. Tive o prazer de conhecer alguns jogadores, como o Biro-Biro, o Ronaldo e muitas pessoas que fizeram história, fizeram o Corinthians ser o que é hoje. Conheci o Rivellino, que é um dos maiores ídolos da história. Soube que ele vai ganhar um busto lá no Parque São Jorge e fiquei muito contente, porque é uma grande pessoa.

Você falou no Ronaldo, que é tido pela maior parte dos corintianos como o grande goleiro dos quase 104 anos do clube. Como foi o contato com ele? Entre o Corinthians e o gosto pelo rock, não deve ter faltado assunto.

Foi bem legal. Encontrei com ele algumas vezes em alguns programas de televisão, foi sempre um cara que me recebeu muito bem. Ele deu algumas dicas, falou sobre o Corinthians, sobre como é jogar no Corinthians.

Ficar por um bom tempo vestindo a mesma camisa é algo que pode colocar seu nome de maneira ainda mais profunda na história do clube, no nível de gente como o próprio Ronaldo?

A gente sempre almeja. Na vida, a gente sempre tem que ter objetivos. Não é porque ganhei a Libertadores e o Mundial que quero parar por aqui. Quero ganhar o bi desses campeonatos, ganhar campeonatos que não ganhei. Quero prêmios individuais, ser o melhor goleiro do Brasileiro. Quero bater o número de jogos que outros bateram. Já tive a experiência de mudar de uma casa para outra, e não foi legal. Quando a gente se sente bem, não tem por que mudar. Também não tenho o pensamento de voltar para a Europa.

Você acompanha essa contagem de jogos que fez pelo clube?

Completei cem jogos faz um tempo. Então, devo ter uns 110. E tenho muitos pela frente.


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