Augusto Melo, presidente do Corinthians, chamou Romeu Tuma Júnior de ditador. O presidente do Conselho Deliberativo do Corinthians, Romeu Tuma Júnior, respondeu a declaração de Augusto Melo na madrugada desta terça-feira (21), pouco depois da suspensão da votação de impeachment do atual mandatário do clube. Melo reclamou da forma como Tuma conduziu a reunião no Parque São Jorge e chamou o responsável pelo Conselho de "ditador".
"Tudo o que aconteceu na sessão estará na ata. Eu lamento profundamente a fala dele [Augusto Melo]. Percebo que estava emocionado, transtornado com o resultado, talvez não esperasse. Eu lamento. Prefiro nem responder. Democraticamente, fizemos todo um trabalho, quem acompanhou sabe. A própria Justiça já falou sobre isso no processo. Eu só tenho a lamentar a postura dele como presidente do Corinthians", rebateu.
"Nós queremos o bem do Corinthians. Temos que ter paciência, essas coisas são assim. Temos a responsabilidade de cumprir o estatuto, a Lei Geral do Esporte penaliza quem souber de alguma irregularidade e não tomar providências. Nada é feito fora do estatuto. Nossa obrigação, como presidente do Conselho, é tomar as providências e fazer os processos andarem. Ninguém tem lado. Estamos cumprindo o que o estatuto determina", acrescentou.
Um dos principais questionamentos de Augusto foi a forma como Romeu promoveu a votação de admissibilidade. Ele, inicialmente, fez a eleição por aclamação, o que gerou críticas e um longo tumulto no plenário. O presidente do Conselho, então, para evitar uma nova confusão, decidiu refazer a votação, mas desta vez de maneira secreta. O resultado foi de 126 votos a favor da continuidade do processo de impeachment e 114 contra.
"O regimento interno do Conselho Deliberativo, que é parte do nosso estatuto, prevê no Artigo 13º que essa votação pode ser por aclamação. E assim foi deliberado. Tive a tranquilidade de verificar que o voto \'sim\' para a continuidade do processo foi manifestado com muito mais ênfase do que o voto \'não\'. Como houve dúvidas, o presidente perdeu a cabeça, resolvi refazer a votação, para não ficar nenhuma dúvida, para mostrar que sou bastante democrático, fiz a votação secreta para que todos pudessem se manifestar de maneira tranquila, sem nenhuma intimidação. E tive a confirmação que eu vi o resultado correto. O resultado da votação foi favorável à continuidade da votação. Fui democrático, refiz para não ficar nenhum \'se\'. Estou tranquilo, sereno, porque cumpri o estatuto. Refiz para evitar isso, por isso lamento tudo o que ele falou", justificou.
Romeu Tuma ainda desabafou sobre as ameaças que tem sofrido e o clima hostil da reunião no Parque São Jorge. Alguns conselheiros foram cobrados e até agredidos na saída do encontro, como o segundo vice-presidente, Armando Mendonça, e o ex-diretor administrativo, Marcelo Mariano.
"Já tive muitas ameaças, tem inquérito apurando. As minhas filhas têm sentido gestos de muita violência, recentemente uma delas foi ameaçada, inclusive tive que buscá-la na escola. Sinto não só a minha integridade física em risco, mas a da minha família também e de parte dos conselheiros. Inclusive, um deles foi agredido hoje lá fora. Isso é muito preocupante, a Polícia deve tomar providências, o Ministério Público também. Isso não pode ficar assim, precisa acabar com isso no futebol. As pessoas não podem ser intimidadas, sofrer agressões, por causa de questões políticas internas. Isso é uma vergonha. Precisamos acabar com isso, é inadmissível o que está acontecendo", finalizou.
A tendência é que, em breve, seja convocada uma nova reunião para votar a destituição de Augusto Melo. Caso a maioria simples no Conselho aprove o impeachment, o presidente será afastado imediatamente do cargo, que será assumido de forma temporária por Osmar Stabile, primeiro vice-presidente do clube.
Além disso, se o Conselho der parecer positivo quanto ao impeachment de Augusto, Romeu terá de definir uma data para a Assembleia Geral, que é a última instância do processo de destituição, com a participação dos associados do clube. Nesse cenário, Augusto permaneceria afastado de suas funções até a divulgação do resultado final da Assembleia Geral. Se os sócios endossarem que ele deve deixar o cargo, o mandatário será definitivamente destituído. Se o impeachment não passar no Conselho Deliberativo, o caso será encerrado e Augusto Melo continuará normalmente no cargo de presidente. No entanto, vale lembrar, há um outro processo de destituição correndo paralelamente, este a pedido do Conselho de Orientação e motivado em dados técnicos e números apresentados no último relatório do órgão sobre as demonstrações financeiras do primeiro semestre da gestão, e que também pode vir a ser votado no Conselho Deliberativo.



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