Rojas, do Corinthians, e Alisson, do São Paulo, brigam pela bola em jogo do Campeonato Paulista. Imagem: Leonardo Lima/AGIF
São Paulo e Corinthians se encontram neste domingo (16), na Neo Química Arena, em momentos distintos, e o Majestoso pode ter reflexos que extrapolam as quatro linhas. Enquanto Luis Zubeldía surfa a onda da invencibilidade no Tricolor, António Oliveira oscila e pode ser mais uma vítima do clássico mais "mortal" aos treinadores alvinegros.
Em meio à crise nos bastidores, e resultados aquém do esperado em campo, a diretoria corintiana colocou Fábio Carille, que está no Santos, no radar. A avaliação sobre o trabalho do atual treinador não é nova, mas ganha cada vez mais corpo em meio aos tropeços.
O São Paulo desembarca para a partida tendo o favoritismo ao seu lado. A equipe do MorumBis tem a chance de ampliar a turbulência no rival. O Tricolor é o clube que mais causou demissões de treinadores do Corinthians: desde 1930, foram 15 na história do clássico.
Carille, que vem de quatro derrotas seguidas no Santos, esteve recentemente na mira do Corinthians. De acordo com Samir Carvalho, colunista do UOL, o treinador multicampeão no alvinegro entrou na pauta quando António Oliveira correu riscos antes da vitória sobre o Fluminense, por 3 a 0, ainda no dia 28 de abril. Caso o Corinthians perdesse aquele confronto, a diretoria enviaria a proposta oficial ao seu ex-comandante.
O Corinthians se encontra em crise, e até mesmo o impeachment do presidente Augusto Melo é debatido. As últimas semanas foram conturbadas, com rescisão de patrocinador e saída de dirigentes diante de uma investigação envolvendo "laranja". Com seis pontos, o Timão se encontra próximo à zona de rebaixamento do Brasileirão. Uma derrota no Majestoso pode representar novas mudanças no clube.
O São Paulo está invicto com Zubeldía e ocupa a parte superior da tabela. O time busca o triunfo na tentativa de voltar ao G4 da competição. O treinador ainda busca a melhor formação. A posição de Lucas e a função de Luciano despertam discussões, mas os resultados dão a tranquilidade necessária para o argentino trabalhar sem pressão.
Demissões após o Majestoso:
No Corinthians - Joseph Tiger (1944), Alcides Aguiar (1946), Rato (1954), Osvaldo Brandão (1957), João Lima (1961), Dino Sani (1970), Dino Sani (1975) - segunda vez, Julinho (1981), Cilinho (1991), Júnior (2003), Juninho Fonseca (2004), Tite (2005), Daniel Passarella (2005), Antônio Lopes (2006), Ademar Braga (2006).
No São Paulo - Ignaz Amsel (1938), Carlos Alberto Silva (1990), Nelsinho Baptista (2002), Ney Franco (2012), Diego Aguirre (2018).