O acordo entre o Corinthians e a Caixa Econômica Federal para a quitação da dívida da Neo Química Arena não será concretizado, uma vez que o banco recusou a proposta feita pela antiga diretoria do clube alvinegro, presidida por Duílio Monteiro Alves. Agora, o novo presidente Augusto Melo terá que iniciar uma nova rodada de negociações para explorar a possibilidade de um acordo em termos diferentes.
A recusa à primeira proposta do Corinthians foi oficializada na última sexta-feira pelo setor de "Recuperação de Crédito Corporativo" da Caixa Econômica Federal. A antiga diretoria do Corinthians havia proposto o pagamento de R$ 531,51 milhões para quitar a dívida com a Caixa pela arena, localizada em Itaquera, bairro da Zona Leste de São Paulo. Entretanto, a dívida atual do clube com a Caixa é de R$ 706 milhões, de acordo com o diretor financeiro do Corinthians, Rozallah Santoro.
Uma nova reunião entre Augusto Melo e a Caixa está prevista para a próxima quinta-feira em Brasília, com o intuito de buscar novas formas de pagamento. A proposta inicial feita pela diretoria anterior incluía o repasse de R$ 356,5 milhões recebidos pelo Corinthians dos naming rights (Neo Química), além de créditos em contratos de Fundo de Compensação de Variações Salariais (FCVS). No entanto, o banco considerou o acordo "inviável", apontando que a origem dos valores dos naming rights e da compra dos créditos em contratos de FCVS não podem ser utilizados para a quitação da dívida da Neo Química Arena.
O Corinthians ainda não se manifestou sobre a questão, enquanto a Caixa reafirmou sua preocupação com eficiência, sustentabilidade, rentabilidade e governança, mas não comentou especificamente a operação de crédito e estruturação da dívida. A instituição financeira está avaliando tecnicamente a proposta apresentada pelo clube, seguindo os ritos de governança e prezando por soluções que atendam aos interesses da Caixa e de seus clientes.