O Corinthians fechou o terceiro trimestre de 2021 com as contas no vermelho em R$ 532 mil.



Mesmo assim, a diretoria financeira do clube prevê fechar o ano com resultado positivo de R$ 3,4 milhões. Para 2022, a estimativa é ainda mais otimista: superávit de R$ 10 milhões.


A dívida do Corinthians segue estável, mas ainda em patamar elevado, próximo de R$ 1 bilhão.


Este montante não engloba o financiamento da Neo Química Arena. O Timão tem acordo costurado com a Caixa Econômica Federal para pagar R$ 569 milhões até 2040 - R$ 300 milhões serão abatidos com o valor que o clube receberá pela venda do nome do estádio.


Evolução da dívida do Corinthians

Se confirmar a previsão de superávit em 2021, o Timão encerrará uma sequência de quatro anos consecutivos com déficits. Em 2020, o clube ficou no vermelho em R$ 123 milhões. Já no ano anterior, o resultado tinha sido ainda pior: R$ 195,4 milhões de prejuízo, o pior resultado da história do clube.



A última vez que o Timão teve um resultado financeiro positivo foi em 2016, ano marcado pela venda de diversos atletas que tinham sido campeões brasileiros na temporada anterior. Na ocasião, houve superávit de R$ 31 milhões.


Neste ano, o primeiro do mandato do presidente Duilio Monteiro Alves, o Corinthians promoveu um enxugamento da folha salarial do elenco de futebol no primeiro semestre, com a saída de mais de 15 jogadores. Porém, depois do meio do ano os gastos subiram, com a contratação de jogadores de peso, como Giuliano, Renato Augusto, Willian e Róger Guedes.


Para 2022, o Timão projeta um gasto de R$ 289 milhões com salários e encargos trabalhistas no departamento de futebol, o que representa R$ 22,2 milhões por mês. Tal montante engloba não apenas o quanto é pago aos jogadores, mas também a funcionários administrativos e membros da comissão técnica.

Neste ano, o Corinthians contratou uma consultoria especializada em gestão e tenta cortar os gastos de todos os departamentos em até 20%, inclusive o de futebol. O clube também fechou contrato com a KPMG, empresa que auxilia na renegociação de dívidas.


Apesar do saneamento financeiro em 2021, a situação financeira corintiana continua complicada. O clube sofre constantes bloqueios judiciais por dívidas do passado e ainda tenta recuperar algumas receitas que foram reduzidas por conta da pandemia de coronavírus.


Até setembro de 2022, o Corinthians tinha R$ 556,6 milhões em dividas a pagar.


Composição da dívida do Corinthians de curto prazo

Até setembro, os direitos de transmissão de TV foram a maior fonte de receitas do Timão: R$ 189,3 milhões. Os patrocínios renderam R$ 75,5 milhões.


O departamento de futebol do Corinthians teve superavit de R$ 20,2 milhões até o terceiro trimestre. Por outro lado, o clube social e os esportes amadores acumularam um déficit de R$ 1,4 milhões, e o Timão ainda teve um gasto com despesas financeiras (juros e outros encargos) de R$ 19,9 milhões.



Receitas do Corinthians em 2021

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