Foto: Reprodução/Processo
A Justiça de São Paulo absolveu na noite de quarta-feira (26) o ex-presidente da Gaviões da Fiel Rodrigo de Azevedo Lopes Fonseca, o Diguinho, pela morte de um palmeirense em 16 de outubro de 2005 em São Paulo.
Diguinho, de 33 anos, foi acusado de atirar em Diogo Lima Borges, o Munhoz, da torcida Mancha Alviverde, durante briga na estação Tatuapé do Metrô, na Zona Leste, naquela data.
O corintiano foi julgado no Fórum Criminal da Barra funda, na Zona Oeste, e absolvido por 4 votos a 3 dos jurados que compuseram o júri popular.
O promotor Rubens Marconi disse que vai recorrer da decisão, anunciada pelo juiz Luís Filipe Vizotto Gomes no final da noite.
O réu, que respondeu ao processo em liberdade, negou o crime e alegou inocência, segundo seu advogado de defesa, Davi Gebara.
Briga
De acordo com a Promotoria, corintianos atacaram palmeirenses na estação antes do jogo entre Corinthians e Palmeiras. O conflito se arrastou pelas redondezas. Foram agressões com socos, pontapés, golpes de pau, ferro e pedras. Ao todo, 54 torcedores foram detidos pela Polícia Militar (PM) e liberados em seguida.
Em outro processo, o Ministério Público (MP) acusou mais 13 corintianos da Gaviões de agredirem oito palmeirenses da Mancha no mesmo confronto que matou Diogo. Eles respondiam soltos a essa ação, que prescreveu e foi extinta.
Crime
Diogo tinha 23 anos. Ele ganhou o apelido de Munhoz por ser parecido com um atacante colombiano com esse nome e que atuava pelo Palmeiras à época. No dia do jogo, foi de Bragança Paulista, no interior paulista, onde morava com a mãe e a irmã, para encontrar-se com o pai no terminal AC Carvalho e, depois, para o estádio.
A estação Tatuapé foi invadida por corintianos, em um ataque previamente combinado pela internet. Ao desembarcar do trem, Diogo foi baleado nas costas. Socorrido, morreu no hospital. A arma utilizada no crime nunca foi encontrada.
Câmeras de segurança gravaram o momento em que um homem vestido de preto atira de cima para baixo