21/1/2016 08:02

Análise: Corinthians mantém padrão, força erros, mas sofre por 20 minutos

Com atuação mais segura, Timão vence o Shakhtar por 3 a 2 e mostra evolução em segundo jogo do ano. Tite deixa titulares por 70 minutos; depois, time é pressionado

Análise: Corinthians mantém padrão, força erros, mas sofre por 20 minutos
Romero vai bem no primeiro tempo: muita disposição, ainda em evolução (Foto: Bruno Turano/Eleven/Estadão Conteúdo)

A vitória por 3 a 2 sobre o Shakhtar Donetsk, nesta quarta-feira, em Orlando, mostrou um Corinthians mais consistente em seu segundo jogo na temporada. Em relação à derrota para o Atlético-MG, na abertura do Torneio da Flórida, o time marcou melhor no campo de ataque e aproveitou as chances que teve. Por outro lado, deixou buracos no contra-ataque e falhou até na quase infalível linha de impedimento. Um time desmanchado, que precisa de evoluções.

O técnico Tite passa a trabalhar também sem o zagueiro Gil, negociado com o futebol chinês. Yago, seu substituto, teve atuação segura graças ao padrão tático e à proximidade entre as linhas de marcação da equipe. Mérito do comandante, que troca peças e consegue manter, ao menos, a competitividade. Com 70 minutos em campo, a formação titular ganhou rodagem.

Diante de um rival qualificado e cheio de brasileiros, o Timão contou com gols de Romero (dois) e Danilo para vencer. Foi um bom teste, mas os dois gols tomados e o sofrimento nos 20 minutos finais, já com alguns reservas em campo, lembram Tite que é preciso muito trabalho (e reforços) para o Timão brigar seriamente pela Taça Libertadores. O próximo e último amistoso nos EUA é neste sábado, às 17h (de Brasília) contra o Fort Lauderdale Strikers.

Confira abaixo os detalhes mais marcantes do jogo desta quarta-feira:



Mesmo com meio time mudado, Tite mostra que vai conseguir dar padrão ao novo Corinthians em pouco tempo. Ainda que a qualidade não seja a mesma do ano passado, o Timão se mantém competitivo com duas linhas de quatro jogadores bem próximas (e Bruno Henrique entre essas linhas). Elias, agora, volta um pouco mais, formando por vezes um 4-2-3-1.

Capitão contra o Shakhtar, Elias assumiu a responsabilidade após as saídas de Jadson e Renato Augusto. Em relação à derrota para o Atlético-MG, Cássio voltou ao gol, e Yago substituiu Gil na zaga. No ataque, Romero e Malcom se mostraram muito presentes na defesa quando o time não tinha a bola (a linha tracejada no campinho acima indica a movimentação dos dois).



O primeiro gol saiu logo no início em outro conceito muito trabalhado por Tite desde 2015: a pressão na saída de bola adversária. Quando o Shakhtar recuou a bola até o goleiro Pyatov, pelo menos quatro jogadores corintianos iniciaram movimentação em direção ao gol adversário. Pressionado, Pyatov errou um passe fácil. Rodriguinho aproveitou e rolou para Danilo abrir o placar em Orlando.



O único cochilo corintiano no primeiro tempo resultou em gol do rápido ataque do Shakhtar, que tinha quatro brasileiros no setor ofensivo: Dentinho, Marlos, Wellington Nem e Taison. Em contra-ataque, Nem lançou Taison, que correu mais do que Fagner e Felipe e só teve o trabalho de finalizar na saída de Cássio. Contra o Atlético-MG, o gol saiu em jogada semelhante. O Timão precisa melhorar a recomposição defensiva quando não tem a bola.



Malcom forçou mais um erro da defesa do Shakhtar. Depois de ser deslocado para o lado direito, o atacante deu trabalho a Ismaily e fez o lateral entregar a bola nos pés de Romero. O paraguaio só tocou na saída de Pyatov e colocou o Timão em vantagem novamente.



Romero mostrou oportunismo também no terceiro gol do Corinthians, em jogada típica do ano passado: cobrança de escanteio, desvio de Danilo na primeira trave e sobra na segunda. O paraguaio só tirou do goleiro e comemorou seu segundo gol no jogo.



A falta de entrosamento das novas peças custa na hora das jogadas ensaiadas. Na defesa, a linha de impedimento costumava funcionar perfeitamente no ano passado. Agora, fora de sintonia, Danilo se atrasou e deu condições a Kovalenko, que aproveitou cruzamento de Srna e diminuiu o placar em Orlando. A imagem abaixo mostra como a linha estava "torta".



Tite fez menos mudanças do que no jogo contra o Galo, mas o esquema mudou para o 4-2-3-1. Foram apenas quatro: Cristian, Lucca, Marlone e Guilherme Arana entraram nas vagas de Rodriguinho, Romero, Malcom e Uendel. Mesmo assim, o Corinthians sentiu o desgaste físico e sofreu enorme pressão do Shakhtar, que está em meio de temporada. Não fossem as defesas de Cássio, o Timão não teria saído de campo com a vitória.



O clima de amistoso ficou fora de campo. No segundo tempo, Bruno Henrique e Taison se desentenderam e precisaram ser separados pelos companheiros. Taison é formado no Internacional, clube que teve grande rivalidade com o Corinthians em anos passados.


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