Fagner ouviu quase dez perguntas sobre o nível da arbitragem do Campeonato Brasileiro na entrevista coletiva que concedeu na tarde desta quinta-feira. Seguindo orientação do técnico Tite, o lateral direito tentou se manter alheio às insinuações de favorecimento ao líder Corinthians, mas também defendeu os méritos da sua equipe.

“Cada um pode argumentar o que quiser. Estamos preocupados com o nosso trabalho, e é por causa dele que as coisas vêm dando certo para o Corinthians. O professor colocou na cabeça de todos os jogadores que devemos esquecer a arbitragem. Erros e acertos acontecem”, minimizou Fagner.

Para o Atlético-MG e outros postulantes ao título brasileiro, os erros têm acontecido com mais frequência contra os rivais do Corinthians. O líder se beneficiou de um gol anulado de Cícero na vitória por 2 a 0 sobre o Fluminense na quarta-feira, por exemplo, mesmo dia em que o segundo colocado culpou a arbitragem por sua derrota por 1 a 0 para o Atlético-PR. Após a rodada, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) decidiu afastar cinco assistentes e um árbitro do seu quadro.

“É difícil falar dos lances. São coisas que acontecem no futebol. Sempre existirão opiniões diferentes e polêmicas no esporte”, relevou Fagner, para quem é injusto se atentar só ao que envolve o Corinthians. “Você não pode olhar apenas para um time. Existem outros. No jogo entre Ponte Preta e Cruzeiro, também houve muita discussão. Então, vamos ver os méritos da nossa equipe, a maneira como estamos nos comportando”, priorizou.

Como os méritos do Corinthians foram pouco observados nesta tarde, o lateral direito chegou a demonstrar incômodo com a sua entrevista coletiva monotemática. “Falar de complô é uma coisa muito séria e pesada. Estão tirando o foco do futebol e jogando a culpa só nos árbitros. Vamos olhar mais o jogo e deixar os árbitros trabalharem”, pediu.

Para dar embasamento ao seu raciocínio, Fagner assegurou que não teme a possibilidade de o Corinthians acabar prejudicado pela arbitragem depois de ficar tão em evidência. “A nossa equipe esquece o árbitro e se preocupa em jogar futebol”, diferenciou o lateral direito, ironizando a revolta dos concorrentes. “Tudo na vida tem quer melhorado.

A economia do País, a educação, os leitos hospitalares… As coisas do esporte também, como a arbitragem, mas melhorar o futebol em si é mais importante. Acho difícil creditar a campanha de um time à arbitragem.”