20/2/2020 12:38

Mais velho do Corinthians, Love mira dupla com Boselli e lembra Jô e Adriano: "Sempre tive sucesso"

Aos 35 anos, atacante se inspira em antigos parceiros para brilhar ao lado de argentino

Mais velho do Corinthians, Love mira dupla com Boselli e lembra Jô e Adriano:
Foto: Daniel Augusto Jr/Ag. Corinthians

Aos 35 anos, Vagner Love se tornou o jogador com maior idade no elenco do Corinthians no início da temporada, quando Tiago Nunes optou por não contar com os trabalhos de Jadson, de 36, e Ralf, apenas dois dias mais velho que o atacante. Lançado pelo Palmeiras no fim de 2002, há mais de 17 anos, o atacante vive sua segunda passagem pelo Timão, onde acumula 118 jogos, 28 gols e dois títulos (Brasileirão de 2015 e Paulistão de 2019).



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– Virei o mais velho do grupo (risos). Fico brincando com a rapaziada e digo: "Que fase". Sou mais velho que o Gil (32), mais velho que o Cássio (32), mais velho que o Boselli (34). É a primeira vez que sou o mais velho do time na minha carreira – divertiu-se o jogador.

Num time com garotos como Janderson (20) e Lucas Piton (19), Love tem assumido um papel cada vez maior de referência. Com títulos na seleção brasileira e passagens por clubes da Europa e Ásia, ele tem se tornado uma das vozes de experiência numa equipe ainda em fase de maturação.

– Sou um cara muito de boa em relação a isso (idade), mas lógico que pelo o que já vivi no futebol, querendo ou não acabo virando essa referência, de ter saído novo e rodado por alguns lugares do mundo, então às vezes me olham assim, é legal. Procuro passar aos mais novos o que aprendi, o que conquistei de positivo e as coisas que aprendi fazendo coisas erradas. Eu falo: "Vá por esse caminho, que é melhor".


É com Mauro Boselli, porém, que Love tem se entendido mais neste momento. Aposta de Tiago Nunes para os últimos jogos, a dupla "Boselove" tem criado boas oportunidades de gol. Na partida contra o Guaraní do Paraguai, foi um passe de Love para o argentino que ocasionou o gol da vitória por 2 a 1 – insuficiente para a classificação à terceira fase da Copa Libertadores.

– Eu e Mauro sempre tivemos muito essa ligação, sempre conversamos muito sobre futebol, dialogamos sobre situações dentro de campo, e isso acaba dando certo no jogo, a gente consegue se entender, sabe onde o outro estará em campo. Tomara que essa dupla se firme, que a gente faça grandes jogos e que consiga os gols que o Corinthians precisará na temporada – destacou.


Enquanto o argentino vem sendo escalado como centroavante, acumulando cinco gols em nove jogos, Love ainda não balançou as redes nas seis vezes em que foi a campo. Ele acredita, porém, que a parceria com um outro camisa 9 pode dar certo mais uma vez em sua carreira.

– Já tive muitos parceiros de ataque e sempre tive sucesso, posso citar alguns que me dei muito bem, com gols e passes. Foi o caso do Jô no CSKA (da Rússia), era uma dupla que a gente se entendia bem e que deu muito certo. E aquela com Adriano (no Flamengo), foi uma grande dupla. Quem sabe agora mais experiente, indo mais pelos atalhos em campo, a gente não consiga formar mais uma grande parceria.

Veja mais trechos da entrevista:
Como tem sido esse papel de referência para os mais jovens? Você tem observado mais as coisas?

– Muitas vezes acontece de você chegar, ver acontecer uma coisa com um menino e pensar: "Já passei por isso também". Aí falo: "Cuidado, esse caminho vai te prejudicar". Por já ter vivido várias situações boas e ruins, a gente procura passar esse aprendizado para a juventude.

Algo tem mudado no seu jogo aos 35 anos? Algo de parte física ou mesmo de posicionamento?

– Tenho uma genética muito boa, nunca tive nenhuma lesão grave, então isso me ajuda muito a suportar o nível de treinamentos e de jogos. Quero continuar mantendo isso, não sinto nenhuma diferença. Às vezes brinco que estou com mais força agora do que quando tinha 24, 25 anos, porque eu me cuido melhor, me alimento melhor, descanso mais. Isso me faz conseguir suportar a carga e talvez me faça poder prolongar bem mais a carreira.

Foi sua segunda Libertadores pelo Corinthians (2015 e 2020), um título que você ainda não tem. Estar mais perto do fim da carreira tornou essa eliminação mais sofrida?

– Toda eliminação tem um peso grande, a gente nunca quer ser eliminado. A gente sentiu bastante, estamos tristes, sentimos ainda mais por viver isso, nos machucou. Mas não dá tempo de ficar se lamentando muito. Acabou o jogo na quarta e já tínhamos um clássico no final de semana (0 a 0 com o São Paulo).

Ficou qual sentimento?

– O de que jogamos bem, conseguimos fazer o resultado (2 a 1), mas que infelizmente, com um a menos, ficou mais difícil. Não criticando o Pedrinho, que teve uma infelicidade. No primeiro cartão, ele escorregou e levou amarelo. Num jogo de Libertadores, dificilmente um juiz dá um cartão assim no começo de um jogo, não sei qual era a intenção dele ali. E depois num lance perdido, ele levou outro e foi expulso. Acho que no 11 contra 11 seria totalmente diferente, teríamos mais chances de passar.

Em 2010 você esteve no Flamengo que eliminou o Corinthians nas oitavas e, naquela noite, apesar da queda, a torcida aplaudiu o Corinthians no Pacaembu. Desta vez foi igual na Arena Corinthians após a vitória e a queda. Como vê esse comportamento num torneio que é tão...

– Tão desejado, né? Por todos nós... A gente fica feliz. O torcedor vai lá, nos aplaude, torce, entra conosco em campo e temos que retribuir. A gente mostrou muita vontade, muita gana de vencer e quando o torcedor vê isso, ele sente. Somos o termômetro deles. Se a gente mostra que está querendo, a torcida no final de tudo acaba tendo esse reconhecimento.

Restam Paulistão, Copa do Brasil e Brasileirão no calendário. Como vê esse restante da temporada? E como tem avaliado esse começo do Tiago Nunes?

– Tiago cobra muito dentro de campo, nos treinos, um cara que nos passa detalhes, ele sabe o que vai acontecer no jogo, tem essa leitura e nos passa para a gente insistir no que pode dar certo. Agora com mais tempo para trabalhar, ele vai conseguir implantar melhor sua filosofia de trabalho. Eu estou gostando bastante do que estou vivendo com Tiago e sua comissão. Temos que manter esse nível de concentração e esse nível de criação de chances, pois em todos os jogos a gente tem tido chances de gol. Isso é importante para fazermos ótimos jogos e brigarmos pelos títulos que temos pela frente.

Temos pela frente uma semana de Carnaval. Qual a sua relação com o Carnaval?

– Sempre curti muito, minha irmã há uns anos era do samba, isso me puxava um pouco, é uma festa que todo mundo gosta, uma festa diferente do Brasil e espero que todos possam curtir com moderação. Eu sou Mocidade Independente de Padre Miguel, que é a escola mais próxima de onde fui nascido e criado, que é Bangu. Minha irmã desfilava nesta escola e eu ia acompanhar ela sempre que podia.

Pelo Corinthians, é sua terceira temporada de cidade de São Paulo (2015, 2019 e 2020), fora os anos de Palmeiras. O que te encanta na cidade?

– Gosto de São Paulo, a culinária é maravilhosa. Tem muitas coisas boas aqui, mas acho a diversidade da culinária incrível. Sempre que posso, estou com minha esposa rodando os restaurantes da cidade.

E já que estamos falando de reta final de carreira, onde vai morar quando parar?

– Pretendo continuar no Rio de Janeiro. Tenho minha casa lá, então, quando parar, tudo indica que vou residir no Rio de Janeiro, mas a vida do jogador e até do ex-jogador é uma incógnita. Deixo as coisas acontecerem e vejo o momento. Quero seguir por aqui, tenho contrato até o fim do ano e se puder renovar ficarei feliz da vida de continuar e até encerrar a carreira por aqui, mas deixo tudo acontecer.

Hoje, então, voltar a jogar fora do Brasil não é algo que te encanta?

– Não é uma coisa que me enche os olhos. Estou muito bem no Corinthians, muito feliz de estar aqui. O Corinthians me dá todo suporte de trabalho e de estrutura. Chamo o Corinthians de Disneylândia, aqui tem tudo. Falo para os meninos aproveitarem, porque passa rápido. Daqui a pouco podemos estar em outro lugar, então tem que aproveitar mesmo. O Corinthians é um local muito bom de estar.



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Espero que o Vagner Love fique mais temporadas no Timão e quem sabe se aposentar jogando bem!!!

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