Foto: Ana Canhedo
O clássico entre São Paulo e Corinthians, neste domingo, no Morumbi, às 19h (de Brasília), pela sexta rodada do Campeonato Paulista, será especial para o volante Guilherme Camacho. Peça importante no Timão de Tiago Nunes, o jogador reencontra outro técnico fundamental em sua carreira: Fernando Diniz.
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Graças a Diniz, Camacho se destacou no Audax, em 2016, e chegou ao Corinthians. Em 2018, foi emprestado pelo time paulista ao Athletico-PR, onde conheceu Tiago. E, aos 29 anos, se vê em momento importante da carreira, depois de vários tombos da vida.
Em 2017, perdeu o pai em um acidente doméstico no elevador. Dois anos depois, em 2019, ficou seis meses sem poder atuar, suspenso por doping. Em entrevista à Globo, Camacho revisita seu passado recente e comemora o bom momento no Timão, além de analisar a diferença entre os dois técnicos.
– Em 2019, foi mais um tropeço da vida. Eu era titular do Athletico-PR e foi de um dia para o outro que falaram que eu tinha sido pego com algo que nem sabia o que era. Foi um erro do nutricionista. Foram seis meses, quatro sem treinar. Não sabia quando iria poder voltar a jogar. Não acreditava que aquilo iria acontecer comigo, porque sou neurótico com tudo que como e faço, pergunto mil vezes. De cara, falavam que eu poderia ficar de 2 a 4 anos fora.
– Achei que minha carreira fosse acabar. Aí fui entendendo, não foi culpa nossa, o clube deu suporte e tudo deu certo – contou Camacho, que, à época, já tinha o apreço de Tiago Nunes.
Anos antes, em 2017, o problema foi particular e tornou ainda mais difícil engrenar no Corinthians, então comandado pelo técnico Fábio Carille.
– Uma série de coisas aconteceu na minha primeira passagem pelo Corinthians, coisas pessoais, também, e o time jogava de outra forma. Não tem como eleger uma coisa só. Isso do meu pai, eu tinha sido titular num sábado. À tarde, meu irmão ligou e disse que meu pai tinha caído. Não achei que tinha sido grave, mas, horas depois, veio a notícia. Fiquei duas semanas sem aparecer no clube. Era o cara com que eu mais falava na vida, todos os dias. Não existe o que aconteceu. Não gosto nem de falar disso. Ainda não me recuperei 100%, mas os filhos, minha esposa, tudo isso ajuda.
– Eu sinto a presença de meu pai sempre. Todo jogo eu converso com ele, sei que está junto. Passei por muita coisa no futebol: joguei Série C, fiquei anos em times pequenos. Chegar no Corinthians foi a maior alegria da vida dele. Mandava tudo que saía sobre mim.
Em 2016, Camacho se destacou jogando pelo Audax. À época, foi peça importante no vice-campeonato paulista da equipe, diante do Santos, e sob o comando de Diniz. Foi contratado pelo Corinthians na mesma temporada e ficou até 2018, quando foi emprestado ao Furacão para ser treinado por Tiago, técnico que também foi determinante para seu retorno em 2020.
– São dois treinadores muito ofensivos. Com a diferença de que o Fernando gosta muito da posse de bola, ele também é agressivo, gosta do time marcado pressão e que ataque muito. Tiago é muita pressão na bola e time finalizando um pouco mais. São dois grandes técnicos. Eu tenho muito a agradecer ao Diniz. É um cara que me tirou do Audax e fez eu ser um grande jogador. São dois grandes técnicos. Mas hoje estou com o Tiago e espero que ele seja mais feliz no clássico – brincou.
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Vai arrebentar hoje no classico. Vai Corinthians!
O jogo é hoje amigo e não domingo kk