13/2/2020 13:22

Corinthians: não se muda uma ideia de 12 anos em dois meses

Interromper esse processo caso os resultados não venham imediatamente será burrice

Corinthians: não se muda uma ideia de 12 anos em dois meses
Foto: Marcos Ribolli

O doloroso (e precoce) fracasso do Corinthians na fase eliminatória da Libertadores deve ser encarado como uma dura lição pelos corintianos – de arquibancada e de gabinete. Mais pelos de gabinete, aqueles que tomam decisões que não podem ser baseadas em emoção e pressão vindas das arquibancadas. O Corinthians está mudando um projeto de futebol que durou 12 anos. O projeto mais vencedor da história do clube, registre-se.



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Querer que a mudança se concretize e dê resultados em dois meses é, com o perdão do trocadilho, jogar para a torcida. Após ser rebaixado para a Série B em 2007, o Corinthians iniciou uma revolução cujo resultado foi uma etapa sem igual para os alvinegros. Essa revolução, no que diz respeito ao futebol praticado em campo, foi baseada em uma ideia de jogo, algo raro no Brasil.

Esta ideia tomava por base a solidez defensiva, a disciplina tática e a escolha cirúrgica de jogadores que se encaixassem nesse modelo de jogo, fazendo que eventuais mudanças de peças não tivessem grande impacto no desempenho coletivo. Uma pitada de arroubo com a chegada de Ronaldo Fenômeno, em 2009, deu a chacoalhada de marketing que alterou, também, o patamar econômico de um dos clubes mais populares do País.

Mas o jeito de jogar futebol estava lá, cristalino, escancarado. Primeiro foi Mano Menezes, que pilotou o reposicionamento futebolístico (o branding e o reposicionamento da marca ficaram por conta do marketing de Luís Paulo Rosemberg). Depois de Mano, veio Tite. Voltou o Mano, retornou o Tite.

Durante esse período, um jovem treinador auxiliar, chamado Fábio Carille, assistia a tudo e participava ativamente, até assumir a equipe principal, como aposta, em 2017. Alguns nomes passaram brevemente pelo clube neste período, como Adílson Batista, Cristóvão Borges, Oswaldo de Oliveira, Osmar Loss, Jair Ventura. Todos sem sucesso.

Carille foi produto e herdeiro do projeto implantado em 2008. Como um executivo preparado para tocar um processo de sucessão. Ele estava havia quase dez anos no dia-a-dia e teve papel fundamental neste processo, como treinar a defesa nos tempos de Tite. Fora isso, conhecia os jogadores, convivia diariamente com eles.

Muitas vezes um auxiliar técnico fica mais próximo dos atletas do que o treinador. Quem está encostado ou perde o lugar no time vai chorar suas mágoas com os auxiliares. Isso cria proximidade, confiança. Quando o auxiliar vira chefe está formado um elo que gera confiança para executar pedidos e funções.

Neste período de 12 anos o Corinthians teve uma ideia de futebol que jamais sofreu ruptura. Saíram dirigentes, mas o núcleo do departamento de futebol foi preservado. A era da bonança foi abastecida por contratos milionários de patrocínio, bilheteria gorda e condição de formar grandes times.

A eliminação para o Tolima, na Libertadores de 2011, foi compensada pela conquista do Brasileirão. Assim como o vexame diante do Guaraní em 2015, nas oitavas de final. Mas havia grandes times nos dois casos, condição para uma resposta rápida.

Hoje a situação do Corinthians é diferente. Enroscado no negócio nebuloso do pagamento da construção de seu novo estádio, o time segue arrecadando muito, mas não usufrui deste dinheiro para a montagem da equipe. A decisão de mudar radicalmente o conceito de futebol, após o esgotamento do modelo vencedor que gerou a década fantástica e vem numa hora difícil.

O cofre combalido não permite a montagem de um esquadrão. O novo treinador não conhece o clube e os jogadores como Carille conhecia. Tiago Nunes pensa o futebol de outra forma, mais propositiva e menos, digamos, segura. No Athletico, ele tinha o suporte de uma carreira ali construída, do conhecimento de tudo, das paredes aos funcionários.


O Corinthians fez uma aposta ousada ao interromper um projeto e mudar radicalmente um conceito que entupiu a sala de troféus do clube com as maiores glórias de sua história. Acreditar que em dois meses a memória de 12 anos será apagada é muita ingenuidade.

O simples pensar em interromper esse processo caso os resultados não venham imediatamente será uma grande burrice. Basta lembrar que em 2008 o Corinthians foi eliminado na primeira fase do Campeonato Paulista e perdeu a decisão da Copa do Brasil para o Sport.

De 2009 até 2018 o corintiano só não gritou "é campeão" em 2010 e 2014.




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Mundial de 2021 com 24 equipes, sendo 6 da América do Sul. E NENHUMA DELAS É O CORINTHIANS!!! SERÁ QUE SÓ EU TÔ ACHANDO ISSO UM ABSURDO???

AGORA MUNDIAL PRA NÓS SÓ SE FOR EM 2025!!!

EM 2013 CARLOS AMARILLA, 2016 SÃO PAULO PREJUDICADO CONTRA O ATLÉTICO(COL), 2017 GRÊMIO SALVO GRAÇAS A DENÚNCIA DO GALVÃO BUENO EM RELAÇÃO A ARBITRAGEM ENCOMENDADA PARA O SEGUNDO JOGO CONTRA O LANUS(ARG), 2018 FERRARAM O CRUZEIRO PRA COLOCAREM BOCA JR X RIVER NA FINAL... E CONTINUAMOS SEM FAZER NADA!!!

DEPOIS DA ARBITRAGEM DE ONTEM, BEM COMO DOS ÚLTIMOS 5, 10, 20...ANOS AQUI NA AMÉRICA DO SUL, SERÁ QUE COMEÇA FAZER SENTIDO O MOTIVO DA REUNIÃO REALIZADA NA DATA DA ÚLTIMA FINAL DA LIBERTADORES, SÁBADO 23/11/19(FLAMENGO X RIVER), ENTRE DIRIGENTES DO BOCA JR E DO REAL MADRI NA EUROPA?? ASSUNTO: "NOVO FORMATO DA COPA DO MUNDO DE CLUBES". SE APENAS OS CAMPEÕES CONTINENTAIS DE 2017 ATÉ O DESTE ANO PARTICIPARÃO, O QUE O REPRESENTANTE DESSE OUTRO TIME ARGENTINO ESTAVA FAZENDO LÁ? JÁ TERÁ ELE VAGA GARANTIDA NESSA COMPETIÇÃO???

Antonio Virginio     

Nomes para nunca torcedores do Timão esquecerem Sr Amarilla e Nestor Pintana dois vagabundos que a Comembol mandaram para o Brasil para operarem o Corinthians

Antonio Virginio     

Não sei o que estão falando de mudança tidos queriam essa mudança torcedores jornalistas enfim todos agora ficam si falando

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