15/1/2020 11:41

Avelar pesquisa vídeos de Van Dijk e Sergio Ramos na web para se adaptar à zaga no Corinthians

Aos 30 anos, jogador optou por abandonar a lateral esquerda e brigará por vaga na defesa; zagueiros de Liverpool e Real Madrid são algumas das referências buscadas

Avelar pesquisa vídeos de Van Dijk e Sergio Ramos na web para se adaptar à zaga no Corinthians
Foto: Marcelo Braga

Além das contratações de nomes como Luan, Sidcley e Cantillo e da saída de ídolos como Ralf e Jadson, uma das principais novidades do início de temporada do Corinthians foi a decisão de Danilo Avelar. Contratado como lateral-esquerdo no segundo semestre de 2018 e acumulando 62 partidas, sete gols e um título paulista nesta função, o jogador começa 2020 brigando por uma vaga na defesa, tendo Gil como um de seus concorrentes no setor esquerdo.



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Em papo com o GloboEsporte.com, o jogador de 30 anos explicou como a decisão foi tomada, mostrou a forma como pretende acelerar o processo de aprendizagem na nova função e admitiu que, após um ano e meio de oscilações, pode abrir uma nova porta no Corinthians caso tenha sucesso como zagueiro.

– Tudo depende de mim. Se eu conseguir demonstrar meu valor e conseguir agradar, seja vocês da imprensa ou seja torcida, acredito que as críticas vão diminuir. Mas não tenho que me preocupar com isso, e sim em agradar meu treinador para que ele me passe confiança, me ponha para jogar e eu corresponda à altura. Consequentemente, essa história vai ser mais positiva do que já foi.

Inspirações, Avelar tem: Van Dijk, do Liverpool, e Sergio Ramos, do Real Madrid, são alguns dos exemplos que o agora zagueiro tem buscado para se adaptar melhor à posição. A primeira experiência deve acontecer nesta quarta-feira, no segundo tempo da partida contra o New York City. O jogo começa às 20h (de Brasília) e será realizado no Exploria Stadium, do Orlando City.

– Essa era uma ideia minha desde a época do Torino, da Itália. Lá se tem mais um perfil de lateral defensivo, é o modo como jogam, então fui me tornando um jogador mais defensivo. E na reta final do Torino, antes de ir para o Amiens da França (em 2017), o treinador não contava muito comigo e teve um jogo na pré-temporada que faltava um zagueiro e ele pediu para eu jogar meio tempo. E fui muito bem, fiquei até surpreso. Depois fiz outro amistoso, não fui tão bem como no primeiro, mas antes de eu ir para a França ele me chamou e falou: "Acredito que seu futuro será como zagueiro". Ele até me disse que o Sérgio Ramos era lateral-direito e se tornou zagueiro: "Vejo isso como um perfil para você". E aquilo ficou na minha cabeça, eu tinha 26 anos, era novo, mas tinha isso como um segundo plano.

E por que agora?

– Não queria fazer do nada, para tapar buraco ou como improviso. Eu queria que fosse uma coisa num momento ideal, com apoio da comissão técnica e do time, para ter a calma e a tranquilidade, pois isso exige um adaptação, não queria me arriscar. Aqui no Corinthians eu já tinha conversado com algumas pessoas, até com o Coelho no fim do ano, falei que futuramente me via como zagueiro.

A chegada de Tiago Nunes facilitou o processo?

– Eu já tinha em mente que neste ano eu poderia fazer. Quando chegou o Tiago, ele comentou com a diretoria que estava precisando de um zagueiro canhoto e comentaram que já tinha rolado esse assunto nos bastidores. Aí tivemos uma conversa muito bacana, eu estava de férias, ele me ligou e me deixou à vontade para decidir. Não pensei duas vezes, me senti pronto. Até em termos de carreira prolongada, acho que um zagueiro pode jogar mais que um lateral, em termos físicos. E como aos poucos eu vinha me tornando mais defensivo, achei que poderia agregar. Não queria esperar fim de carreira. Acho que aos 30 anos eu estou com uma maturidade boa para aplicar os oito anos de Europa que me tornaram um jogador mais defensivo. Foi uma decisão minha, mas compartilhada com a diretoria e comissão.

Contribuiu para a decisão a diretoria ter virado o ano em busca de um novo lateral-esquerdo?

– Não, até como o Tiago Nunes falou (na coletiva de apresentação), se eu ficasse na lateral seria eu e o Sidcley, ele deixou claro que estavam procurando um lateral mais ofensivo, algo que eu já imaginava. Ele disse que buscariam um mais ofensivo e que se eu seguisse na lateral ficaríamos os dois na disputa. E se eu fosse para a zaga, eles manteriam o Carlos ou o Lucas Piton. Independente de contratar ou não, eu tinha que tomar a decisão agora, era o momento ideal, chegou um cara que entende muito e que ensina muito a gente, então foi na hora certa, no momento certo, no tempo certo estarei bem na nova função.



– Cara, depende muito de cada um. Uma coisa é você treinar e a outra é jogar. Acredito que quanto mais jogos possíveis, mais a gente se adapta. Não sei dizer se será um mês ou uma semana. Não tenho pressa, quero ter o máximo de calma para aprender, para estudar, tenho visto vídeos, buscado na internet muitas coisas, pedido conselhos do Gil, do Pedro Henrique, do Marllon, até dos próprios atacantes sobre os confrontos, como eles trombam com os zagueiros, o que fazem, estou num momento de pesquisa, entendendo tudo para não fazer por fazer. Acho que posso surpreender bastante.

Que tipo de vídeos você tem buscado?

– Vários. Desde o Van Dijk (zagueiro holandês do Liverpool), para ver posicionamento, como vídeos de comportamento defensivo de zagueiro canhoto, do próprio Sérgio Ramos, desta filosofia de um lateral ir para a zaga, são pequenos detalhes.
– Não adianta só ver, tem que fazer, mas no dia a dia você vai sentindo, corrigindo, ainda estou com alguns costumes de lateral, o que é até normal, no posicionamento e na noção de campo. Antes eu olhava para a esquerda e só tinha a linha e para a direita um zagueiro. Agora eu olho para a esquerda e tem adversários e companheiros, então são comportamentos de postura, de corpo e de posicionamento que mudam. Tenho que ver os vídeos que a comissão me passa e corrigir os meus erros no dia a dia.

Uma das suas virtudes é a bola aérea. Acha que isso pode te ajudar?

– Acho que sim, muitos têm me mandado mensagem que acham que com a minha estatura (1,85m) eu vou ajudar bastante, que ela vai inibir o adversário por saber que a zaga é forte na parte aérea, então isso é uma vantagem na bola aérea, posso ajudar ofensivamente e defensivamente, mas é mais complexo que isso, têm outros temas como saída de bola, invertida, então aos poucos eu vou aprendendo tudo.

Desde que você chegou, viveu momentos de altos e baixos. Acha que a mudança para a zaga pode fazer o Danilo Avelar construir uma nova história dentro do Corinthians?

– Acho que sim. Tudo depende de mim. Se eu conseguir demonstrar meu valor e conseguir agradar, seja vocês da imprensa ou seja torcida, acredito que as críticas vão diminuir. Mas não tenho que me preocupar com isso, e sim em agradar meu treinador para que ele me passe confiança, me ponha para jogar e eu corresponda à altura. Consequentemente, essa história vai ser mais positiva do que já foi.



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3117 visitas - Fonte: Globo Esporte

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Adeilson Dias     

Isso ai mano , tem que se aprimorar com os melhores msm , na sua no faze e nova posicao ??

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