Adriana já foi obrigada a adiar o sonho da Copa do Mundo duas vezes. Em 2016, a craque do Brasileirão feminino sofreu lesão no joelho dois meses antes do Mundial sub-20 e, recentemente, em maio de 2019, a meia-atacante do Corinthians teve rompimento total do ligamento cruzado anterior do joelho esquerdo e foi cortada horas depois de ter o nome lido por Vadão na convocação para a seleção principal. Agora, resta a ela lamentar e torcer pelas companheiras.


"Essa foi a pior [frustração] para mim. Em 2016, quando eu estava na sub-20, por mais que eu soubesse que era importante para a equipe, ainda não tinha saído a convocação. Faltava um mês ainda, mais ou menos. Foi um baque muito grande, mas desta vez, por há ter visto o meu nome ali na lista. Por ser um sonho para mim e para a minha família, foi um baque muito maior", disse a atleta ao UOL Esporte.


Aos 22 anos, Adriana sabe que poderia dar leveza e juventude ao experiente ataque da seleção brasileira, comandado por Marta, 33, e Cristiane, 34. O time convocado por Vadão tem a segunda maior média de idade da Copa do Mundo 2019, com 28 anos e cinco meses. Atual campeã, a equipe dos Estados Unidos é a única mais velha, com 29 anos.

"Parecia que o mundo tinha desabado em cima de mim mais uma vez, como foi em 2016. E agora de novo. Eu não queria acreditar. Lutei muito durante estes três anos para chegar à seleção principal. E quando consegui realizar isso e me firmar, infelizmente o meu sonho foi interrompido de novo. Fiquei muito triste, mas não tem tempo para lamentar", completou.

Frequentemente elogiado por Marco Aurélio Cunha, coordenador da CBF, o apoio que o Corinthians tem dado ao seu time feminino ajuda Adriana a se recuperar física e, sobretudo, emocionalmente. "Todo o suporte que o Corinthians está me dando em todos os aspectos me fortalece e me alegra todos os dias para que eu possa levantar, ir para a fisioterapia e continuar meu sonho, que só foi adiado", disse a jogadora.

A seleção brasileira estreia na Copa do Mundo da França no domingo, 9 de junho, contra a Jamaica. A partida em Grenoble será a primeira da equipe após a sequência de nove derrotas que tanto preocupa a torcida. Mas, de longe, Adriana demonstra confiança em uma volta por cima do time.

"Estou acompanhando de longe para mandar boas energias. É claro que é preocupante chegar ao Mundial com nove derrotas seguidas, mas elas estão bem unidas. Essa união vai dar confiança e acabar de uma vez com todos esses olhares ruins e incertezas em cima da seleção", concluiu.



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