18/9/2018 16:54

Análise Itaú BBA: estádio e gastos com clube social tornam situação do Corinthians imprevisível

Estudo que detalha saúde financeira do futebol brasileiro em 2017 diz que "a realidade pode ser ainda mais dura" do que os números mostram

Análise Itaú BBA: estádio e gastos com clube social tornam situação do Corinthians imprevisível
Acostumado a liderar os rankings de faturamento no início da década, o Corinthians perdeu terreno, como mostra o Itaú BBA, a partir do estudo das finanças dos clubes brasileiros. Em 2017, o Timão registrou um aumento de apenas 3% na arrecadação – contra 17% da média dos grandes clubes do país. Ao mesmo tempo, o Corinthians conseguiu controlar seus gastos – o investimento em futebol foi de R$ 189 milhões, praticamente o mesmo de 2016 (R$ 179 milhões).

Em 2017 o Corinthians conquistou seu segundo título brasileiro em três anos. Por ter jogadores menos badalados que alguns de seus rivais, o Corinthians passou a impressão de ter montado um elenco "barato". Segundo a análise do Itaú BBA, essa impressão é falsa: "Pouco dinheiro? Não é bem assim." O elenco do Corinthians em 2017 custou o mesmo que o do Grêmio campeão da Libertadores, por exemplo.

No ano passado o Corinthians arrecadou menos com venda de atletas (R$ 51 milhões) do que estava acostumado (R$ 85 milhões em 2016, R$ 81 milhões em 2015). Por um lado, isso evitou o desmanche do time (lembre-se: estamos falando das finanças de 2017, e não do ano em curso); por outro, pressionou o caixa. Junto com o título brasileiro, chegou a conta. O clube se desfez de uma série de jogadores campeões em 2018.

O Corinthians tem dois "freios" que o impedem de atingir um melhor desempenho financeiro: a Arena e o clube social.
Em 2017, o clube precisou gastar R$ 60 milhões em outras atividades que não o futebol. Segundo as estimativas do Itaú BBA, o Corinthians deixa de arrecadar potencialmente algo como R$ 70 milhões anuais por não ter as receitas do estádio.

"O social dá prejuízo consistentemente e é coberto com recursos do futebol. Até quando será possível sem que isto impacte o esportivo? Esta é uma pergunta relevante. Há muito que enxugar, há muito que organizar para que as contas do dia-a-dia e o estádio sejam pagos. Aliás, a dívida do estádio nem está aqui, pois fica num balanço que não temos acesso. A realidade pode ser ainda mais dura. Como será o amanhã? Responda quem puder".

O estudo da situação financeira dos clubes nacionais divulgado ano a ano pelos analistas do Itaú BBA abre sua avaliação relativa a 2017 alertando que se repete um ciclo de "mais dinheiro, mais gastos, nenhuma preocupação com o futuro". O relatório deste ano, divulgado com exclusividade pelo Globoesporte.com, diz que "seguimos esta jornada nos repetindo e andando em círculos".

De modo geral, a análise chama atenção para o fato de "despesas e custos continuarem crescendo e ocupando o salto de receitas", ao passo que "investimentos gerais não mudaram muito, nem as dívidas". E lembra: "O Profut começará a vencer, as regras de distribuição de direitos de TV mudarão, e isso vai pressionar o fluxo de caixa dos clubes em 2019".


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