Foto: Rodrigo Gazzanel/Ag. Corinthians
Como o atacante Roger disse logo após o confronto: "gente sai confiante, com a receita do que deve ser feito na quarta-feira". A frase dita pelo camisa 9 resume bem o que a vitória do Corinthians sobre o Paraná, no último sábado, pela 21ª rodada do Brasileirão, representou para o time: um teste para se recuperar do placar adverso contra o Colo-Colo na Libertadores.
Pontaria:
O técnico Osmar Loss escalou força máxima contra os paranaenses – com exceção de Romero, suspenso – possivelmente pensando em dar ritmo e mais entrosamento aos titulares da partida de quarta. E, se o objetivo é avançar às quartas de final do torneio continental, o primeiro ponto a ser trabalhado após o "teste" é a
pontaria.
Quem assistiu ao jogo sabe que o placar de 1x0 saiu barato para o Paraná, justamente pelo problema que o Corinthians está tendo com finalizações nesta temporada. O Timão entrou na rodada como a terceira equipe que menos finaliza no Campeonato Brasileiro, com uma média de 10,25 por jogo. No sábado, foram 16 finalizações, sendo duas bolas na trave e oito chances claras de gol. Apenas uma aproveitada na cabeçada do zagueiro Henrique.
Agora quando tratamos da Libertadores, o desempenho do Corinthians não pode se contentar com apenas uma tentativa que resultou em gol. Precisando vencer por pelo menos 2 gols, o Corinthians entrará em campo brigando contra o péssimo histórico de finalizações na temporada.
Contra-ataques cedidos:
A dupla de volantes contra o Paraná foi Douglas e Ralf, mas Loss ainda não deixou claro quem são os donos da posição. Gabriel ainda briga por uma vaga, e essa indefinição ainda atrapalha o time, principalmente nos contra-ataques do adversário.
O Paraná teve suas melhores chances em jogadas provenientes de contra-ataques. Com toques rápidos, os visitantes chegaram a assustar, principalmente no primeiro tempo. Na etapa final, os dois cresceram de produção, e o Corinthians parou de sofrer.
Agora individualmente falando, o Corinthians teve dois destaques na partida: Jadson e Henrique
O meia Jadson destoou positivamente dos demais companheiros. Deixou os atacantes na cara do gol em mais de uma ocasião (como já foi dito anteriormente, eles pecaram na pontaria) e deu uma dinâmica muito importante no meio de campo. Lembrou os velhos e bons tempos com a sua inteligência.
Apesar da boa atuação e da assistência no gol da vitória, Jadson foi o jogador que mais errou passes no jogo. Dos 28, acertou 23 e errou cinco. Para efeito de comparação, o volante Douglas foi quem mais acertou passes na partida: 38, errando apenas um.
Além de marcar o gol da vitória corintiana, Henrique mostrou segurança na defesa contra o ataque adversário e pode ser fundamental na quarta. Aos 31 anos, o zagueiro é o jogador responsável por passar confiança com sua experiência ao jovem companheiro de posição Pedro Henrique. Em alta após o gol e a boa atuação é uma ótima notícia para as pretensões corintianas.