Desde o começo da temporada, o técnico Fábio Carille teve de lidar com diversos desfalques e precisou quebrar a cabeça em alguns jogos para achar o seu Corinthians ideal. Foi assim no último domingo, contra o Vitória, quando o zagueiro Pablo não pôde atuar, e deve ser assim pelo menos por mais um mês, tempo estimado para Balbuena se recuperar de lesão na coxa direita. Porém, o preparador físico da equipe, Walmir Cruz, vê estes problemas com naturalidade e acredita que o número de lesões musculares no ano é pequeno.
O responsável pelo condicionamento do elenco do Timão argumenta que até o momento a equipe perdeu apenas quatro jogadores por lesões musculares. São eles: Balbuena, Giovanni Augusto (duas vezes), Léo Príncipe e Marquinhos Gabriel. As demais ausências, segundo ele, foram para preservar os atletas ou por outros problemas. É o caso, por exemplo, de Rodriguinho e Pedro Henrique, que em 2017 perderam dois e três jogos, respectivamente, por conta de dores.
– Muitas vezes o atleta sente um incômodo e decidimos tirá-lo do treino ou do jogo, a prevenção é importante. Nem sempre o desfalque é por lesão, como muita gente coloca. Edema muscular ou dor tardia, por exemplo, são coisas diferentes – argumentou Walmir Cruz.
Lesão muscular é quando você rompe as fibras do músculo. Existe lesão de grau um, dois e três... Quando há edema, não é lesão, porque não rompe a fibra. Às vezes o próprio músculo estende todo e volta depois, criando um edema. E tem aquele incômodo por esforço, que normalmente ocorre depois dos jogos, em um ponto fixo da perna – completou.
Incomodado com críticas que julga serem infundadas, o preparador físico lembrou que o Corinthians enfrentou uma maratona de jogos, sobretudo em abril, quando teve jogos decisivos. Ele também disse estar satisfeito com os resultados obtidos pela comissão técnica em 2017:
– Cinco lesões é um número ótimo! Se tiver duas ou três por mês, dependendo do calendário, é até normal. Tivemos uma sequência de partidas no mês passado e houve um número baixíssimo de lesões, mesmo com a exigência muito alta. É preciso considerar também o desgaste mental, que contribui para lesões. Isso influencia diretamente na parte física. Para a gente está sendo um resultado ótimo nesse quesito – declarou.
Para evitar que jogadores se machuquem, o Corinthians investe em tecnologia. Os atletas treinam e jogam utilizando um GPS acoplado ao corpo, que fornecede dados como distância percorrida, e também fazem exames periódicos a fim de medir o desgaste físico e a propensão a lesões. Além do acompanhamento físico, eles recebem dietas e suplementação individualizadas.
Atualmente, o departamento médico corintiano conta com Balbuena e Léo Príncipe em tratamento de lesões musculares. Giovanni Augusto e Vilson também se recuperam, mas de outros problemas: o meia teve de operar o tornozelo esquerdo, enquanto o zagueiro fez uma artroscopia no joelho esquerdo.
Salve ao Time que So Perdeu 2 Jogos no ano