22/5/2017 08:43

Sem chances no Corinthians, artilheiro da Copa SP desabafa: 'Não entendo por que não tive oportunidades'

Sem chances no Corinthians, artilheiro da Copa SP desabafa: 'Não entendo por que não tive oportunidades'
Gabriel Vasconcelos foi destaque do Corinthians nas categorias de base
Nos últimos meses, Gabriel Vasconcelos precisou ter muita paciência. Tido como uma das grandes promessas do Corinthians, o artilheiro da Copa São Paulo de futebol júnior de 2015 treina separadamente do restante do elenco profissional ao lado do volante Cristian e do zagueiro Rafael Castro.

Aos 21 anos, ele não pode mais jogar pelas categorias de base do clube alvinegro e não faz parte dos planos do técnico Fábio Carille. Sua opção no momento é esperar até conseguir outra equipe para jogar.

"Meu sonho, lógico, é jogar no Corinthians. Por tudo que vi na base, a torcida fanática, deve ser algo sensacional. Mas eu preciso ser realista, não tem como querer jogar aqui sendo que nem estou treinando com o grupo. Mais viável para mim é ser emprestado para algum clube e mostrar meu valor. Quero um clube bacana com projeto bom para me destacar e o Corinthians ver que posso ser muito útil", contou o atleta, ao ESPN.com.br.

Enquanto isso, ele utiliza a academia do CT Joaquim Grava para fazer treinos físicos, musculação e esteira. O jovem não esconde a tristeza, mas procura manter o foco na sua atual realidade.

"Não tenho muito que fazer além de manter essa rotina que é chata, mas é a vida de jogador. Pelos meus números e conquistas na base do Corinthians eu não entendo sinceramente porque não tive oportunidades", questionou.

"Pelo menos poderia ter ficar no banco ou jogado por cinco ou 15 minutos. Mas eu respeito a opinião de quem quis que fosse assim e sigo meu trabalho. Preciso trabalhar porque às vezes não serve aqui, mas serve lá. Futebol é assim", desabafou.

De promessa do Flu até o Corinthians
Natural de Porto Velho, Rondônia, Gabriel Vasconcelos começou em escolinhas da cidade entes de ir com apenas 12 para o Amparense, equipe de empresários no interior de Minas Gerais. No ano seguinte, ele foi aprovado no Fluminense e se mudou para Xerém.

O atacante fez parte de uma geração que tinha jogadores como Gustavo Scarpa, Marlon (zagueiro do Barcelona) e Gérson (meia da Roma).

"Fiz dupla de ataque com o Kennedy [jogador do Chelsea] em todas as categorias e na seleção brasileira. Fomos campeões mundiais pelo Flu em cima do Paris-Saint Germain. Eliminamos na semi o Real Madrid, que tinha o filho do Zidane [Enzo]".

No primeiro ano nos juniores, em 2014, ele não chegou a um acordo salarial com o Fluminense e foi contratado pelo Corinthians a peso de ouro.

Vim para cá em outubro e não poderia jogar. Por isso, fiquei treinando até dezembro quando estreei no Brasileiro Sub-20 no Rio Grande do Sul".

"Cheguei como reserva. Entrava faltando cinco minutos e ia mostrando meu futebol para o professor Osmar Loss. Ele gostou de mim e me colocou na semifinal contra o Cruzeiro, que tinha um time muito forte. Eu fiz o gol da classificação. Foi aí que comecei a ganhar mais atenção".

Na Copa São Paulo de futebol júnior de 2015, Gabriel virou titular na conquista da competição. Além disso, ele foi artilheiro da competição - ao lado de Isaac (Botafogo-SP) e Santiago (São Caetano) - com oito gols marcados.

Destaque ao lado de Guilherme Arana, Maycon, Marciel, Matheus Cassini, Caíque França e Gustavo Tocantins, o jovem achou que teria oportunidades no time principal.

"Foi aquela loucura toda com a torcida, escutei muito aquele 'bafafafá' de que iria subir para os profissionais. Eu subi na metade do ano de 2015, mas não tinha como jogar porque o time estava tão encaixado que foi campeão brasileiro. Mesmo assim, foi uma experiência muito legal treinar com o pessoal. Eu treinava de segunda à sexta com eles e descia para jogar na base no final de semana".

Gabriel foi campeão do Paulista sub-20 e jogou o Brasileiro da categoria naquele ano. Em 2016, ele ainda participou pela última vez da Copa São Paulo e quase conseguiu o bicampeonato.

"Perdemos a final para o Flamengo nos pênaltis. Fizemos um primeiro tempo excepcional. Eu e o Matheus Pereira marcamos 2 a 0, mas levamos o empate. Infelizmente nós dois perdemos os pênaltis na decisão".

Sem espaço no Corinthians
Após a decisão, o atacante percebeu que não jogaria no time então comandado por Tite e resolveu buscar seu espaço.

"A gente já sabia que só iria subir o Maycon. Eu vi que já tinha bagagem para jogar algum estadual entre os profissionais. Era meu último ano de juniores e queria jogar algum Estadual para matar a vontade. Recebi contato do Tigres-RJ, que tinha parceria com o Corinthians".

Gabriel chegou a viajar para o Rio de Janeiro, mas no meio do caminho recebeu uma ligação de Fábio Barrozo, então gerente da base corintiana.

"Eles pediram para voltar dizendo que tinham recebido um e-mail dos profissionais. Era para eu me apresentar ao profissional junto com Maycon, Claudinho e Matheus Pereira. Minha cabeça estava a milhão, tinha certeza que teria uma oportunidade no time. A equipe passava por uma grande reformulação, muita gente tinha saído. Passou mil coisas na minha cabeça".

Treinei entre os reservas, mas eu não fui inscrito no Paulista. Chegaram vários jogadores como André, Guilherme e Giovanni Augusto e fui treinar separadamente".

A primeira chance de atuar em clube profissional foi no América-RJ, poucos meses depois, "Foi uma experiência muito bacana. Mesmo não tendo jogado de centroavante, minha posição de origem, fiz dois gols em sete jogos atuando como meia ou atacante de beirada".

"Ao voltar, achei que seria integrado aos profissionais, mas o Alessandro achou melhor eu integrar o sub-20 que era meu último ano. Já tinha tido uma experiência profissional e resolvi me preparar bem para fazer um ano bom. Só sairia se aparecesse algo muito bom. Voltei, era capitão da equipe e joguei algumas partidas".

Antes que pudesse engatar uma sequência nos juniores outra vez, surgiu o Joinville surgiu com uma oferta para atuar durante a Série B do Campeonato Brasileiro.

"Era uma equipe que tinha tudo para subir outra vez para a Série A. Chegando lá, joguei seis jogos como titular com o Hemerson Maria. Mas como a equipe não se encaixou, ele foi demitido e chegou o Lisca, que tentou fazer uma reformulação. Com isso, não ganhei mais oportunidades".

Como o elenco estava muito inchado, teve uma lista de dispensa com 15 atletas e eu estava nela. O clube é sensacional e a cidade muito boa. Pena que não deu certo".

O Joinville acabou rebaixado para a Série C do Brasileiro e Gabriel voltou ao Corinthians para jogar o restante do ano pela base alvinegra. Como a equipe estava praticamente eliminada, ele não conseguiu se destacar.

Gustavo Vasconcelos tem contrato com o clube até o final de 2018.


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