Eliminado pelo Cruzeiro nas quartas de final da Copa do Brasil, o Corinthians usa incessantemente o revés por 4 a 2 no estádio do Mineirão, em outubro, que selou a queda no torneio mata-mata, como exemplo para não ser seguido neste domingo, às 17h (de Brasília), no mesmo local. Desde segunda-feira, os atletas têm assistido a vídeos daquela partida para saber em que erraram e por que foram superados com tanta margem pela Raposa.

A exibição do material tem sido feita antes dos treinamentos, quando todos se reúnem no hotel do CT Joaquim Grava. A ideia do técnico Oswaldo de Oliveira foi mostrar as desatenções em lances como saída de bola, escanteio e faltas próximas à área, situações que definiram três dos quatro gols adversários. Por sinal, foram exatamente esses os aspectos trabalhados com o time titular durante a semana.

“Ficamos tristes de sair para eles na Copa do Brasil, seria uma opção para buscarmos títulos. Isso ficou engasgado. Cometemos vários erros, principalmente defensivos, tomamos muitos gols. Ficou um gosto ruim porque ficamos abaixo do que o esperado. Vimos vários lances desse jogo para agora sair com um resultado melhor”, explicou o meia Rodriguinho, autor de um dos tentos corintianos naquela ocasião.

Na segunda-feira, Oswaldo focou seus esforços na pressão da saída de bola do adversário, pedindo para que os jogadores não dessem espaço para os cruzeirenses saírem jogando com passes curtos. Depois, na terça, foi a vez de os corintianos saírem da pressão dos reservas, que emulavam uma formação semelhantes àquela apresentada pelos mineiros.

Quarta e quinta-feira foram os dias das bolas paradas, com Oswaldo preocupado tanto com a marcação quanto com a saída de jogo, na tentativa de pegar o adversário desprevenido. Nomes de velocidade do ataque, Romero e Marlone foram bastante cobrados para aproveitar essas situações. Ao final de todas as movimentações, o treinador ainda reuniu todos no meio do gramado para um bate-papo, com duração de 10 a 15 minutos.

“A gente tem de estar muito confiante, isso não pode nos abalar em momento algum do jogo. Temos de pensar só na vitória e ver o que vai acontecer. Seria uma situação muito ruim ficarmos fora da Libertadores. Isso seria ruim para diretoria, jogadores, todo mundo. Essa questão não pode passar pela nossa cabeça, senão pode nos deixar apreensivos durante os jogos”, analisou Rodriguinho, já ciente da matemática necessária pela vaga.

Com 55 pontos conquistados, o Alvinegro está um ponto atrás de Botafogo e Atlético-PR, sexto e quinto colocados, respectivamente. Para conseguir atuar no torneio continental, a equipe precisa vencer o Cruzeiro, no dia 11 de dezembro, no Mineirão, e torcer para que um dos dois adversários não vença as suas respectivas partidas. No mesmo dia, o Fogão visita o Grêmio e o Furacão recebe o Flamengo.